Após 6 meses investigação de massacre em presídio do Amazonas ainda não foi concluída

Estima-se que pelo menos 200 presos sejam indiciados

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Estima-se que pelo menos 200 presos sejam indiciados

Passados mais de seis meses do massacre no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), no Amazonas, não há previsão para o encerramento das investigações, informou, em nota, a Polícia Civil do Estado. A rebelião de 1º de janeiro resultou na morte de 56 detentos e na fuga de 119.Após 6 meses investigação de massacre em presídio do Amazonas ainda não foi concluída

“O caso é complexo e algumas centenas de pessoas já foram ouvidas desde o dia 8 de janeiro deste ano, quando começaram as apurações”, acrescenta a nota da Polícia Civil. O inquérito está em fase de oitivas e interrogatórios.

A Polícia Civil estima que pelo menos 200 detentos sejam indiciados por envolvimento nas mortes, mas ressalta que o número que “só será confirmado ao final das investigações”. Os envolvidos vão responder por homicídio, lesão corporal e constrangimento ilegal.

De acordo com dados da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, 43 detentos do regime fechado do Compaj continuam foragidos. Também no primeiro dia do ano, 106 internos do Instituto Penal Antônio Trindade conseguiram escapar e 71 foram recapturados. Ao todo, nas duas penitenciárias, foram 225 fugiram e 145 foram recapturados.

A Força Nacional de Segurança Pública está atuando nos presídios da capital amazonense desde 10 de janeiro. Quase 300 presos ameaçados de morte na rebelião foram transferidos pela Secretaria Estadual Segurança Pública para a Cadeia Desembargador Raimundo Vidal Pessoal, no centro de Manaus, que foi reativada emergencialmente.

No presídio também ocorreram quatro mortes de internos e fugas. Devido às condições precárias do local, no dia 15 de maio, os 162 detentos que ainda estavam na cadeia foram transferidos para um novo presídio, Centro de Detenção Provisória. A Cadeia Pública foi desativada definitivamente. O espaço tem 110 anos e foi fechado pela primeira vez em outubro de 2016 por recomendação do Conselho Nacional de Justiça.

 

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