Após passeata, manifestantes cercam praça próxima à casa de Temer em SP

O presidente interino havia deixado o local mais cedo

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O presidente interino havia deixado o local mais cedo

Após saírem em passeata do Largo da Batata, zona oeste paulistana, manifestantes contrários ao governo interino cercaram a praça onde fica a casa do presidente em exercício Michel Temer. O protesto, convocado pela Frente Povo Sem Medo, que reúne diversos movimentos sociais, começou por volta de 14h. Pouco antes das 16h, os manifestantes seguiram pela Avenida Pedroso de Morais em direção a residência de Temer, no Alto de Pinheiros.

O presidente interino havia deixado o local mais cedo e embarcou para Brasília por volta de 15h30.

Todos os acessos à Rua Beneti e a Praça Conde de Barcelos foram fechados pela Polícia Militar (PM). Um grupo de manifestantes tentou negociar, sem sucesso, com o comando do policiamento no local para se aproximar da casa do presidente interino. Segundo a assessoria de comunicação da PM, a decisão de interditar os acessos foi tomada em conjunto pela polícia, pelas Forças Armadas e pelo comando da segurança da Presidência da República.

Os manifestantes decidiram, então, cercar os acessos à praça. “É ilegal, o nosso direito de livre manifestação está sendo cerceado, independente de quem veio a ordem. Nós ficaremos aqui, a rua dele está cercada, até que haja posicionamentos em relação a tudo que nós viemos trazer aqui hoje”, disse o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, um dos organizadores do ato.

Minha Casa, Minha Vida

Além de acusarem Temer de ter praticado um “golpe” que culminou no afastamento da presidenta Dilma Rousseff, os participantes do protesto reclamam da suspensão de parte do programa Minha Casa, Minha Vida. Na última terça-feira (17), o Ministério das Cidades revogoua portaria que habilitava a contratação de unidades habitacionais na modalidade entidades.

“Aqui todos estão indignados com esse golpe que ocorreu no país e, por isso, gritam ‘fora Temer!’. Mas aqui tem muita gente que veio de longe, do extremo sul, leste [de São Paulo], de ocupações. Vieram porque há poucos dias tiveram a notícia de que esse governo ilegítimo cortou as suas moradias que já estavam contratadas”, destacou Boulos ao discursar no carro de som.

 

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