Confusão começou por conta da demora para a entrada das visitas

A manhã começou com tumulto e uma morte dentro dos muros do Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros, que faz parte do Complexo prisional do Curado, na zona oeste do Recife. Um dia após duas bombas serem encontradas e desativadas no local, os detentos começaram uma confusão na manhã de hoje por conta da demora na entrada das visitas, o que resultou em uma morte e quatro feridos. Com a confusão, os presos tentaram uma fuga em massa, mas a situação foi controlada, segundo o vice-presidente do Sundicato dos Agentes Penitenciários.

Revoltados com a demora na entrada dos parentes, os presos começaram a atirar pedras contra os agentes que fazem parte da guarda interna e são responsáveis pela revista das visitas. Os agentes revidaram com gás de pimenta. O Batalhão de Choque da Polícia Militar foi chamado. Quatro presidiários ficaram feridos e foram levados para o Hospital Otávio de Freitas, próximo ao presídio. Um dos detentos não resistiu aos ferimentos e morreu. A identidade do preso ainda não foi divulgada.

Os agentes penitenciários informaram que estão pondo em prática a Operação 100% legal. Isto significa que eles estão cumprindo à risca as regras para revista de parentes conforme manda a legislação. Isso impede a entrada de alimentos levados pelos familiares aos detentos.

A Operação 100% Legal foi implantada depois de uma assembléia realizada na noite da última quinta-feira (29), pelo Sindicato dos Agentes e Servidores do Sistema Penitenciário de Pernambuco (Sindasp-PE). Segundo eles, a operação deve prosseguir neste domingo.

A revolta acontece acontece pouco mais de uma semana depois que uma rebelião que durou três dias deixou três mortos e vários feridos no Complexo Prisional do Curado. O Batalhão de Choque permanece dentro dos muros do presídio.