O brasileiro caiu acidentalmente do terceiro andar do resort em que estava hospedado com o irmão

O mistério sobre a morte do empresário brasileiro Dealberto Jorge da Silva Júnior, 35 anos, na Playa De La Carmen, no , parece ter chegado ao fim. Segundo a Procuradoria-Geral de Justiça de Quintana Roo, o exagerado consumo de álcool e drogas é a resposta para a morte do brasileiro.

O procurador mexicano Gaspar Armando García Torres afirmou que Dealberto morreu no último domingo (11) em decorrência de uma fratura crânio-encefálica. De acordo com as autoridades locais, o brasileiro caiu do terceiro andar do resort em que estava hospedado com o irmão, Fernando Luís Silva, 33 anos.

Com o resultado do laudo, a hipótese inicial de que os irmãos teriam sofrido uma tentativa de sequestro foi descartada. “Fernando Luís e Dealberto estavam com outras duas pessoas, entre elas uma mulher russa. Eles consumiram drogas e álcool de maneira exagerada, o que resultou em um delírio de perseguição”, explicou Torres. Em depoimento, Fernando admitiu o consumo de drogas.

À polícia, testemunhas contaram que após se sentirem observados e perseguidos, os irmãos correram por diversos lugares para se esconder. Dealberto foi visto entrando em um condomínio sozinho e desorientado. Hóspedes escutaram um barulho do terceiro andar e, em seguida, chegou a informação da morte.

Em depoimento, Fernando disse que se escondeu e enviou uma mensagem para a família afirmando que estava preocupado pois um grupo de pessoas o perseguia: “Meu irmão, estou para ser sequestrado por aquela amiga do Marqueti, a russa. Está muito f…, tem muita gente, está muito estranho. Avise à Policia Federal.”
 

A russa no qual Fernando se referiu é Ekaterina Vasileva. Conhecida como Katerina, a mulher foi à Cancún, próximo à Playa De La Carmen, onde os irmão estavam, na companhia do noivo com a intenção de se mudar para a região. No entanto, o casal se desentendeu e, sem ter onde ficar, Katerina pediu ajuda para um amigo brasileiro que, por sua vez, pediu para Dealberto recebê-la em seu hotel. A russa acompanhou os colegas na noite de drogas e bebedeira, segundo o promotor.

Fernando confirmou, ainda em depoimento, que observou a mobilização de patrulhas do lugar em que estava escondido. Ele também ouviu os comentários de que uma pessoa havia morrido e então deduziu que se tratava do seu irmão.

Assustado com a morte do irmão, Fernando seguiu de táxi até Cancún, onde teria perambulado durante duas noites. Quando ficou sem dinheiro, pediu um cartão telefônico emprestado a um turista e ligou para um amigo pedindo ajuda.

Segundo o promotor, Fernando se negou a registrar qualquer denúncia e foi categórico ao afirmar que nunca existiu uma tentativa de sequestro. O corpo de Dealberto está em uma funerária do México e deve seguir para o Brasil ainda neste fim de semana.