Ex-diretor da Petrobras diz que recebeu propina de deputados mesmo ‘sem pedir’

Paulo Roberto atendeu ao pedido sem cobrar qualquer contrapartida

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Paulo Roberto atendeu ao pedido sem cobrar qualquer contrapartida

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa contou aos investigadores da Operação Lava-Jato que recebeu propina mesmo quando não pediu. Em depoimento realizado no dia 11 de fevereiro de 2015 em sua delação premiada, o ex-diretor contou que os deputados Luiz Fernando Faria (PP-MG) e José Otávio Germano (PP-RS) fizeram lobby pedindo a inclusão de uma empresa, a Fidens, entre as convidadas pela Petrobras a participar de licitações. Paulo Roberto atendeu ao pedido sem cobrar qualquer contrapartida, mas quando a empresa conseguiu contratos os parlamentares lhe procuraram para entregar dinheiro como um “agrado”.

— Não tratei nada de percentual com eles, não discute nenhum assunto em relação a isso. Obviamente que a empresa ganhando deve ter dado comissão para eles. Aí eles me chamaram e disseram: olha, a empresa mandou aqui um agrado para você”. Os dois me chamaram e me deram que a empresa mandou lá os R$ 200 mil. Não cobrei nada, não pedi nada — disse Costa

Costa afirmou que o pagamento foi feito no hotel Fasano, em Ipanema, no Rio de Janeiro, no qual os deputados estavam hospedados. Ele recebeu o dinheiro em uma sacola e levou para casa. Entrou e saiu do hotel pela porta principal.

 

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