Dilma ultrapassa FHC em pedidos oficiais de impeachment

Petista contabiliza 19 pedidos, contra 17 do tucano

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Petista contabiliza 19 pedidos, contra 17 do tucano

Com 19 pedidos de impeachment protocolados desde o início de seu mandato, a presidente Dilma Rousseff ultrapassou o tucano Fernando Henrique Cardoso nas solicitações enviadas para a Câmara dos Deputados. Foram 17 pedidos contra o tucano, e 34 contra Luiz Inácio Lula da Silva até dezembro de 2010.

Os pedidos de impeachment podem ser protocolados por qualquer cidadão na Câmara dos Deputados. Dos 70, 68 foram arquivados. Os últimos dois, incluindo o do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), ainda serão analisados, mas tendem a ir para o arquivo.

Cabe ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), analisar se dá andamento ou não aos pedidos de perda de mandato. O peemedebista já disse, em mais de uma ocasião, que no cenário atual “não há espaço” para um processo desse tipo.

Contra Dilma, a maioria dos pedidos foram feitos por cidadãos. Um deles foi feito por um presidiário de São Paulo que encaminhou uma correspondência ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, com uma denúncia de crime de responsabilidade por parte da presidente. Outra, mais inusitada, é de um homem que alega que Dilma, em abril de 2011, foi ao programa Superpop, da Rede TV!, e supostamente apresentou um vídeo em que ele estava sem roupas. O pedido foi arquivado por falta de evidências suficientes.

Nos pedidos de impeachment de Fernando Henrique Cardoso, a maior parte foi feita por parlamentares. O então deputado Alceu Collares (PDT-RS), de quem Dilma Rousseff foi secretária no governo do Rio Grande do Sul, entrou com dois requerimentos na Câmara. Outra denúncia foi oferecida por diferentes deputados, entre os quais José Genoino (PT-SP), condenado por corrupção ativa no julgamento do mensalão. A hoje senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) também teve um pedido arquivado na época em que era deputada em 2001.

Contra Lula, houve até pedido protocolado a menos de um mês do fim do segundo mandato. Um cidadão representou contra o então presidente por crime de responsabilidade por suposta campanha antecipada pela eleição de Dilma Rousseff. Quatro meses antes, outra pessoa havia acusado Lula de cometer o mesmo crime, mas dessa vez por não elucidar a morte da nadadora Renata Agondi, em 1988, durante travessia no Canal da Mancha (15 anos antes do petista assumir o mandato).

Boa parte dos pedidos contra Lula foram motivados depois do escândalo do mensalão. Um deles foi protocolado pelo jornalista Diogo Mainardi, comentarista do programa Manhattan Connection. Outro foi pedido pelo então deputado Alberto Goldman (PSDB-SP), mas relacionado a um pronunciamento feito por Lula no início de 2005.

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