Chamado de corno, policial que matou por suspeita de traição bate em colega de cela
O policial militar Lúcio Roberto Queiroz da Silva, preso pelos assassinatos da esposa Reggiane Rodrigues Araújo, de 32 anos, e do corretor de imóveis Fernando Henrique Freitas, de 31 anos, ocorridos no ano passado, em Paranaíba, a 407 quilômetros de Campo Grande, foi autuado em flagrante por lesão corporal. Ele agrediu outro policial colega de […]
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O policial militar Lúcio Roberto Queiroz da Silva, preso pelos assassinatos da esposa Reggiane Rodrigues Araújo, de 32 anos, e do corretor de imóveis Fernando Henrique Freitas, de 31 anos, ocorridos no ano passado, em Paranaíba, a 407 quilômetros de Campo Grande, foi autuado em flagrante por lesão corporal. Ele agrediu outro policial colega de cela depois de ser chamado de corno.
Os fatos ocorreram no último domingo (11), no pátio do Presídio Militar Estadual, localizado no complexo penitenciário do Jardim Noroeste, na Capital. Lúcio foi submetido à audiência de custódia e teve alvará de soltura concedido, no entanto, segue recolhido em razão dos homicídios. Ele teria agredido o outro policial no pátio da unidade, nas proximidades da igreja dos internos.
A vítima foi socorrida com ferimento na cabeça e encaminhada para atendimento médico. Lúcio será levado a júri popular e deve aguardar o julgamento preso. As investigações apontam que o policial cometeu o duplo homicídio após descobrir um suposto relacionamento entre as duas vítimas. Consta na denúncia que por volta das 20 horas do dia 5 de outubro de 2019, Lúcio foi até uma residência onde estava o corretor de imóveis e o matou.
Após o assassinato, o réu foi até outra residência e matou a esposa. Ele e a mulher viveram juntos por 12 anos, enquanto o corretor de imóveis era casado também, tendo convivido com a esposa por cinco anos. No dia dos crimes, o corretor e a mulher estavam na casa dos pais dela, em uma reunião familiar, enquanto o policial e a esposa participavam de outra confraternização.
No final da tarde, depois de ingerir bebida alcoólica, o corretor deitou-se para descansar no sofá da sogra e, antes de dormir, desbloqueou o celular para sua mulher fazer uma ligação. Enquanto usava o celular do marido, chegaram mensagens por um aplicativo de conversa, sendo estas encaminhadas pela mulher do policial.
A mulher do corretor respondeu como se fosse ele, imaginando que ambas as vítimas mantinham caso extraconjugal. A seguir, a mulher entrou em contato com o policial e enviou a ele os prints da conversa. O policial questionou a esposa sobre a possível infidelidade, mas ela negou. Então, ele foi até a residência onde o corretor estava, desceu do carro armado de uma pistola .40, de propriedade da Polícia Militar.
Na frente da casa estavam a sogra do corretor, a mulher com sua filha menor no colo e uma amiga – ambas tentaram impedir sua entrada, ao perceber a intenção, mas não conseguiram impedir. O policial encontrou o corretor deitado no sofá, de costas para a porta, e o acertou com um chute violento, exigindo que pegasse o celular, e repentinamente atirou na vítima que, mesmo atingido, tentou fugir. O réu perseguiu o corretor e atirou mais quatro vezes, matando-o.
De volta ao local onde estava com a esposa, o policial disse que matou o corretor e faria o mesmo com ela. Ele apontou a arma e atirou seis vezes, matando-a. Antes de atirar, o policial obrigou o filho do casal a entrar em um dos quartos, entretanto o garoto não só ouviu tudo como, após o assassino deixar a local, viu a mãe morta no sofá da casa. Após os crimes, o réu deixou a arma usada nos assassinatos e fugiu com o carro dos pais.
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