Frentistas de Mato Grosso do Sul querem piso nacional de R$ 1.200

Os empregados em postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul querem que os empresários locais paguem um piso salarial de R$ 1.200,00, mesmo valor que sindicatos, federações e centrais sindicais estão lutando para estabelecer como piso salarial nacional unificado da categoria. A reivindicação do Sinpospetro/MS (Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis […]

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Os empregados em postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul querem que os empresários locais paguem um piso salarial de R$ 1.200,00, mesmo valor que sindicatos, federações e centrais sindicais estão lutando para estabelecer como piso salarial nacional unificado da categoria. A reivindicação do Sinpospetro/MS (Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Mato Grosso do Sul) é para vigorar a partir de 1º de março, data base dos trabalhadores.

“Estamos reivindicando esse piso não apenas para os frentistas e outros profissionais de pista, mas também aqueles que trabalham nas lojas de conveniência dos postos”, explicou Gilson da Silva Sá, presidente do Sinpospetro/MS, que encaminhou essa e outras propostas de melhorias salariais e de trabalho à classe patronal.

As categorias que seriam beneficiadas com o piso nacional, segundo o líder sindical, são: Fentista (diurno e noturno), caixa, lavador, valeteiro, enxugador, lubrificador, trocador de óleo, encarregado, vigia noturno, borracheiro, empregados em geral de escritório, empregados em loja de conveniência e todo prestam serviços na área territorial das referidas empresas.

Para os gerentes, a reivindicação é de um piso equivalente a três pisos nacionais, ou seja, R$ 3.600,00 e para os chefes de pista, dois pisos que equivalem a R$ 2.400,00.

PARTICIPAÇÃO NO LUCRO – O Sinpospetro também quer que os empregados em postos de combustíveis tenham participação no lucro das empresas. A proposta da entidade é do pagamento de um piso salarial da categoria, dividido em duas parcelas anuais, nos meses de junho e outubro, a título de participação nos lucros e resultados, em conformidade com a Lei nº 10.101 de 19/12/2000.

A redução de jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais é outra reivindicação sustentada pelo Sinpospetro/MS, informa Gilson da Silva Sá. Ele propõe ainda que para as empresas que adotarem o sistema de turnos ininterruptos de revezamento, a jornada de trabalho será de seis horas diárias.

Os trabalhadores querem também que fique assegurado o pagamento de 100% sobre a remuneração, pelas horas extras trabalhadas de segunda a sábado. As horas extras aos domingos, além dessa vantagem (100%), as horas extras terão ainda mais 50% de adicional.

FATURAMENTO – Como as vendas principalmente de combustíveis sempre estiveram aquecidas nos postos de Mato Grosso do Sul, o Sinpospetro não tem dúvida de que os empresários poderiam facilmente acatar essas propostas de valorização do trabalho de seus empregados.

Os números, segundo Gilson da Silva Sá, comprovam o superfaturamento das empresas principalmente ao longo dos últimos anos. “As margens de lucro são significativas de acordo com estudos e estatísticas da própria ANP sobre as vendas em Mato Grosso do Sul. Portanto, nada mais justo que partilhar um pouco esse desenvolvimento, pagando melhor os empregados, que são os maiores responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento desse setor”, justifica o líder sindical.

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