Estudo: 90% das mulheres voltam a fumar depois da gravidez

O estresse ao cuidar de um bebê faz com que muitas mães voltem ao vício

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O estresse ao cuidar de um bebê faz com que muitas mães voltem ao vício

Mulheres que pararam de fumar durante a gravidez estão mais propensas a voltar ao vício em virtude do estresse enfrentado após o nascimento do bebê. É o que diz um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de East Anglia, na Inglaterra, publicado nesta quinta-feira, no periódico científicoAddiction.

“Muitas mulheres param de fumar durante a gravidez, mas cerca de 90% delas voltam ao vício no primeiro ano após o nascimento do bebê. Nós queríamos entender o motivo e identificar formas de prevenção”, diz Caitlin Notley, principal autora do estudo e pesquisadora da Universidade de East Anglia. “Além de prejudicar a saúde da mãe, o tabagismo pode afetar as crianças pela exposição à fumaça”.

Por meio da análise de mais de mil entrevistas realizadas com mulheres que tinham tido bebês, os pesquisadores descobriram que fatores como o estresse de cuidar de um recém-nascido, associado a noites sem dormir contribuem para a recaída. Outro motivo: a maioria das mulheres para de fumar na gravidez com o objetivo de proteger o bebê dos malefícios do tabagismo e não por si mesmas. Nestes casos, as recaídas parecem quase inevitáveis.

Outros fatores que contribuem para a volta ao hábito é a influência do parceiro fumante e a falta do apoio do companheiro nos cuidados com o bebê.

“Para que as mulheres continuem livres do cigarro após o nascimento de seus filhos, é preciso haver uma mudança cultural, onde elas se sintam mais motivadas a seguir com a abstinência e tenham também a ajuda dos companheiros”, afirmou autora.

 

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