Exoneração de professor por ‘rixa pessoal’ após futebol vira investigação em MS

MPMS instaurou inquérito para apurar a regularidade da demissão do educador

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Rixa pessoal em uma aldeia indígena na região de Porto Murtinho, a 454 quilômetros de Campo Grande, terminou com um professor demitido. A desavença é alvo de inquérito civil instaurado pelo MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), que apura justamente as circunstâncias e a regularidade da exoneração do profissional da educação.

O educador formado pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) alegou que lecionou na unidade de ensino de 2011 a 2020, quando foi desligado. Ele afirma que a decisão administrativa foi resultado de uma representação do cacique contra o mesmo, após um desentendimento entre familiares de ambos durante uma partida de futebol.

Neste sentido, sustenta que vem sendo alvo de perseguição política por parte do cacique e que tal liderança indígena, ao contrário do que se espera, tem atuado de forma truculenta e vem se envolvendo em diversos conflitos com outros moradores. Assim, teme até pela sua segurança e alega que não conseguirá voltar às salas de aulas se este cenário permanecer.

Por outro lado, o cacique já havia encaminhado às autoridades competentes pedido de providências contra o professor, uma vez que o educador e seus filhos, supostamente, têm se envolvido com atos de baderna e desordem na comunidade. Além disso, são acusados também de desrespeitar as lideranças e de representar uma ameaça para os demais.

O cacique, inclusive, chegou a solicitar à Funai (Fundação Nacional do Índio) que fizesse a transferência do professor e familiares, informando que a situação está insustentável e que não se responsabilizaria pelo que viesse a ocorrer adiante. Assim, o promotor de Justiça Jean Carlos Piloneto acionou as autoridades em busca de explicações sobre os fatos.

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