Concurso com salários de até R$ 8,5 mil é suspenso após empresa ser investigada por fraude

O concurso público para a Prefeitura de Cassilândia, a 430 km de Campo Grande, foi suspenso depois que a empresa responsável pelo certame foi alvo de operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado). O concurso oferecia 93 vagas com salários de até R$ 8,5 mil e as inscrições estavam previstas […]

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Sede da empresas foram vasculhadas por agentes, em Campo Grande (Foto: Dayene Paz)

O concurso público para a Prefeitura de Cassilândia, a 430 km de Campo Grande, foi suspenso depois que a empresa responsável pelo certame foi alvo de operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado). O concurso oferecia 93 vagas com salários de até R$ 8,5 mil e as inscrições estavam previstas para encerrar nesta sexta-feira (14).

A Prefeitura de Cassilândia informou ao Jornal Midiamax que um decreto sobre a suspensão do concurso foi publicado ainda na semana passada, após as operações do Gaeco. Na Operação Carta Convite, foram apreendidos documentos e computadores da empresa Sigma, que é responsável pelo concurso.

No decreto, o concurso público fica suspenso por tempo indeterminado. Segundo o documento, a empresa tem o prazo de 30 dias para comprovar sua honestidade e sua isenção nas investigações do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul). A suspensão aconteceu poucos dias depois de um decreto que reabria as inscrições do concurso. No dia 3 de dezembro, a Prefeitura havia publicado um decreto com a reabertura do prazo.

Ainda na quinta-feira (13), o Ministério Público recomendou a suspensão do concurso público da prefeitura de Corguinho, a 99 km de Campo Grande. O pedido de suspensão foi feito a 3 dias da aplicação das provas. Na recomendação, outra suspensão foi citada. Nela, a promotoria de Batayporã havia apontado a falta de integridade no processo e que foram constatados elementos concretos de direcionamento de licitação na contratação da empresa pela prefeitura de Taquarussu, o que, segundo a publicação da quinta-feira (13), também teria ocorrido.

Operação Carta Convite

No dia 28 de novembro, a Operação Carta Convite do Gaeco teve três empresas como alvo. Investigações revelaram que as empresas teriam fraudado a aprovação de candidatos de concurso público. A operação apreendeu documentos e computadores nas instituições investigadas, inclusive na Sigma.

De acordo com as investigações, as empresas envolvidas participavam de diversas licitações, fazendo com que os convites fossem sempre direcionados a elas. Também formulavam propostas em conjunto, para acertar qual delas seria a vencedora, inclusive para aprovação fraudulenta de candidatos. A ação é um desdobramento da operação “Back Door”, realizada em julho deste ano, em Aparecida do Taboado, que investigou fraude em uma licitação para realizar concurso público.

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