A 3 dias da prova, MP-MS pede suspensão de novo concurso realizado por empresa investigada

Por suspeitas de fraude para beneficiar alguns candidatos, o MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) recomendou a suspensão do concurso público da prefeitura de Corguinho, distante 99 km de Campo Grande. O pedido de suspensão ocorre a 3 dias da aplicação das provas. O certame é realizado pela Vale Consultoria e Assessoria Ltda., […]

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A 3 dias da prova, MP-MS pede suspensão de novo concurso realizado por empresa investigada
Sede da empresa vasculhada por agentes, em Campo Grande (Foto: Dayene Paz)

Por suspeitas de fraude para beneficiar alguns candidatos, o MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) recomendou a suspensão do concurso público da prefeitura de Corguinho, distante 99 km de Campo Grande. O pedido de suspensão ocorre a 3 dias da aplicação das provas.

O certame é realizado pela Vale Consultoria e Assessoria Ltda., responsável por 12 concursos no Estado e alvo do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) por suspeita de fraude em licitações, corrupção e associação criminosa e já teve outros concursos suspensos desde a operação Convite, deflagrada no final de novembro.

Na recomendação, outra suspensão foi citada. Nela, a promotoria de Batayporã havia apontado ausência de lisura no processo e que foram constatados elementos concretos de direcionamento de licitação na contratação da empresa pela prefeitura de Taquarussu, o que, segundo a publicação desta quinta-feira (13), também teria ocorrido.

Outros elementos, como baixa divulgação e curto prazo para inscrições, 17 dias, o que “aliado à falta de publicidade de parte dos documentos da licitação promovida para contratar a empresa responsável pelo certame (tanto que em não sendo encontrados no Portal da Transparência do município”, torna, segundo o MP, duvidosa a lisura do concurso.

Apenas 928 candidatos se inscreveram no certame, o que acarretaria na restrição à concorrência, motivo para eventual anulação do concurso. A suspensão vale por 90 dias. A prefeitura inda não informou se vai acatar ou não a recomendação.

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A publicação foi feita no Diário Oficial da ASSOMASUL (Foto: Divulgação)
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