Empresas são suspeitas de selecionar candidatos que passariam em concurso em MS

Por Dayene Paz Investigações revelaram que três empresas alvos de operação feita pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) nesta quarta-feira (28) teriam fraudado a aprovação de candidatos de concurso público. A operação “Carta Convite” apreendeu documentos e computadores nas instituições investigadas. Os promotores investigam fraude em uma licitação n…

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Por Dayene Paz

Investigações revelaram que três empresas alvos de operação feita pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) nesta quarta-feira (28) teriam fraudado a aprovação de candidatos de concurso público. A operação “Carta Convite” apreendeu documentos e computadores nas instituições investigadas.

Os promotores investigam fraude em uma licitação no município de Taquarussu para realização de concurso público.

O nome da operação faz referência à modalidade de licitação utilizada pelos municípios para a contratação das empresas investigadas, modalidade carta convite. Nesse tipo de processo, a lei permite que o poder público envie convite aos licitantes para participarem da licitação, desde que preenchidos quesitos legais.

De acordo com as investigações, as empresas envolvidas participavam de diversas licitações, fazendo com que os convites fossem sempre direcionados a elas. Também formulavam propostas em conjunto, para acertar qual delas seria a vencedora, inclusive para aprovação fraudulenta de candidatos.

Na manhã desta quarta-feira (28) foram apreendidos documentos e computadores da empresa Sigma, que presta serviços de consultoria, da Idagem Assessoria e Consultoria ME e da Vale Consultoria e Assessoria.

Na Vale, a equipe ficou na empresa por cerca de três horas, de onde saiu com documentos. Também foram feitas buscas nas residências dos proprietários das empresas.

De acordo com informações preliminares, a Sigma prestava serviços administrativos. Já a Vale é responsável por 12 concursos no interior do Estado, segundo o site da própria empresa. Parte deles foi cancelado por suspeitas de fraude e irregularidades no edital.

Em Bonito, o concurso que previa 15 vagas com salários de até R$ 7,2 mil para a Câmara Municipal foi cancelado por meio do diário oficial do município. O MPE-MS (Ministério Público Estadual) apurava denúncias de supostas irregularidades praticadas pela empresa.

Ainda neste mês, a juíza Kelly Gaspar Duarte Neves, da 1ª Vara de Aparecida do Taboado, determinou o afastamento de dois secretários municipais e quatro ocupantes de cargos comissionados da prefeitura. Eles são acusados de fraude na licitação para contratar a Vale Consultoria e também de fazer ‘cola’ para serem aprovados no concurso.

Em Maracaju, o Ministério pediu diversas alterações no edital do concurso da Prevmmar (Serviço de Previdência dos Servidores Municipais de Maracaju) em fevereiro deste ano.

A ação é um desdobramento da operação “Back Door”, realizada em julho deste ano, em Aparecida do Taboado, que investigou fraude em uma licitação para realizar concurso público.

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