Líderes de rebelião em Manaus podem ser transferidos para presídio de MS

Ministro anunciou transferências na noite desta segunda

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Ministro anunciou transferências na noite desta segunda

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse em entrevista coletiva na noite de segunda-feira (2), em Manaus, que os líderes das facções que comandaram os ataques que deixaram 56 mortos no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim) serão transferidos para presídios federais assim que forem identificados. Mato Grosso do Sul conta com uma unidade federal, mas ainda não há confirmação de transferências para o Estado.

“Tem uma força-tarefa trabalhando para que, num rápido espaço de tempo e dentro da lei, possamos apresentar ao Ministério da Justiça o nome dos presos que têm que sair daqui e serem transferidos para presídios de segurança máxima. E que possamos fazer o trabalho que precisamos fazer dentro das penitenciárias”, disse.

Conforme publicação do UOL, a entrevista foi concedida no CICC (Centro Integrado de Comando e Controle) e contou também com a participação do governador do Amazonas, José Melo (Pros).

O Jornal Midiamax indagou a assessoria de imprensa do Depen (Departamento Penitenciário Nacional), que informou apenas que a direção do Complexo realiza levantamento na tentativa de identificar os supostos líderes, mas ressalta que ainda não há informações sobre os locais que detentos envolvidos serão levados, após identificação.

Atualmente há quatro presídios federais no Brasil, cada um com capacidade para 208 presos, que são preparados para receber criminosos de alta periculosidade. Além de Campo Grande, as unidades estão em Mossoró (RN), Porto Velho (RO) e Catanduvas (PR).

Rebelião

No domingo (1º), uma rebelião que, segundo o governo do Amazonas, é resultado de uma guerra entre as facções Família do Norte e PCC (Primeiro Comando da Capital) por disputa por espaço no tráfico de entorpecentes no Estado, terminou com a morte de 56 presos e fuga de outros 184, dos quais, 136 ainda estariam foragidos. Uma segunda rebelião terminou com a morte de outros quatro presos, totalizando 60 mortes. O massacre é o maior em um presídio brasileiro desde o ocorrido no Carandiru.

O ministro e o governador disseram que, por ora, não será necessário o envio de tropas da Força Nacional para Manaus.

Conteúdos relacionados