Presidente do TJ garante que a instituição é apolítica e imparcial e não sofre influência

O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), desembargador Joenildo de Souza Chaves, garantiu que a instituição atua de maneira imparcial e apolítica, em nota divulgada nesta quinta-feira (02). A crise iniciou depois da guerra de liminares que suspendeu a votação do processo de cassação do prefeito de Campo Grande, Alcides […]

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O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), desembargador Joenildo de Souza Chaves, garantiu que a instituição atua de maneira imparcial e apolítica, em nota divulgada nesta quinta-feira (02). A crise iniciou depois da guerra de liminares que suspendeu a votação do processo de cassação do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP).

“O Tribunal de Justiça deste Estado, composto atualmente por 30 desembargadores, jamais se curvará perante quem quer que seja, e a sua história tem demonstrado essa linha de atuação, de uma justiça imparcial e apolítica, sustentadas, portanto por uma conduta moral e ética”, afirmou o presidente em nota.

No dia 26 de dezembro, dia que foi marcada a sessão de julgamento do prefeito que poderia resultar na cassação do seu mandato, o vice-presidente do TJMS, desembargador João Batista da Costa Marques, concedeu liminar suspendendo a votação da Comissão Processante, pouco tempo depois de iniciar a sessão.

No período da tarde, a desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges cassou a liminar concedida pelo vice-presidente do TJMS. Horas depois João Batista concedeu a segunda liminar suspendendo novamente a sessão.

A guerra de liminares resultou num desgaste institucional do tribunal. O PT e a diretoria da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul) recorrera ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para investigar a atuação do TJMS.

Joenildo ressaltou que o tribunal, “ao longo dos seus quase 35 anos de existência, tem o orgulho de sua independência e honradez e que o Poder Judiciário existe para a garantia dos direitos do Estado e do cidadão. É essa a sua verdadeira missão constitucional”.

“É comum, em decorrência de uma decisão judicial, sobretudo em casos como os tais, que a parte vencida, insatisfeita, lance mão de alguns expedientes, mas a lei prevê os recursos próprios”, ressaltou o presidente.

O presidente considerou o episódio um evento a parte que não corresponde à atuação da instituição. “O que não é possível, é que os insatisfeitos com as decisões, ao invés de buscarem as medidas previstas no ordenamento, passem a atacar a instituição Judiciária, sob pena de causar insegurança jurídica à sociedade”, completou.

Para encerrar, Joenildo lembrou que a imagem do TJMS é fruto do trabalho dos 35 anos de atuação. “O Poder Judiciário tem orgulho em elevar o nome de Mato Grosso do Sul, alcançando posições de destaque e de referência no cenário nacional, e não pode, em nenhum momento, deixar que a imagem da instituição seja denegrida”, finalizou.

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