O deputado federal (PSDB) se reuniu com a diretoria do do Câncer Alfredo Abrão, em , pedindo pelo fim da greve dos médicos iniciada na última quarta-feira (22).

Em postagem nas redes sociais, o deputado pontuou que o hospital recebe 60 consultas por dia, que diante da , não serão realizadas e por consequência, diagnósticos precoces não serão feitos.

“Me reuni com a diretoria do Hospital de Câncer de Campo Grande Alfredo Abrão e pedi a imediata suspensão da greve dos médicos, enquanto se discute medidas para solucionar a crise financeira da instituição. Os pacientes que já sofrem com uma doença tão perversa não podem ‘pagar o pato' por causa desse impasse”, disse.

Nesta quinta-feira (23), a vereadora de Campo Grande, Luiza Ribeiro (PT) criticou a paralisação dos profissionais e cobrou mais transparência da administração do hospital.

Em publicação nas redes sociais, a vereadora pelo Partido Trabalhista resumiu como “inaceitável e absurda” a paralisação. Ribeiro pontua que, além dos pacientes que já fazem tratamento através do SUS (Sistema Único de Saúde), há pacientes aguardando há meses na fila de atendimento pelo Sistema de Regulação.

“O HCAA fala sobre déficit financeiro mensal, mas não informa quanto de recursos públicos recebe todos os meses, da Prefeitura e do Governo do Estado, não informa quanto de recursos públicos recebeu nos últimos anos, não informa porque não faz licitação para a escolha do melhor preço para contratar exames de particulares, não informa, sendo filantrópica, quanto tem arrecadado de particulares, não indica nenhuma outra solução a não ser interromper o atendimento da pessoa doente de câncer e com isso pressionar o Poder Público a transferir mais recursos ao hospital”, comenta a vereadora.

Atualmente, 99% dos pacientes do SUS recebem tratamentos gratuitos no Hospital de Câncer. A unidade realiza 70% dos atendimentos oncológicos públicos de todo o Estado. 

Greve no Hospital do Câncer

Segundo a direção do Hospital do Câncer, o déficit financeiro acumulado do Hospital de Câncer chega a R$ 770 mil reais por mês. Em meio a diversos problemas elencados, os médicos aguardam o cumprimento integral da regularização dos pagamentos e dos contratos dos integrantes do corpo clínico; regularização dos serviços de patologia e exames de imagens, essenciais aos diagnósticos e tratamentos. 

“A partir de hoje, serão realizados somente os atendimentos de urgência e emergência realizados no PAM (Pronto Atendimento do Hospital, 24H), as cirurgias de urgências e emergências, atendimentos de UTI e os tratamentos nos setores de quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia já em andamento”, diz nota divulgada na quarta-feira (22).

Os médicos anunciaram que só normalizarão os atendimentos quando houver resolutividade para esta questão e os recursos forem efetivamente liberados. Em dezembro, 422 funcionários e 75 médicos já tinham relatado falta de pagamento do 13º salário dos funcionários. 

Negociação

Os médicos do Hospital de Câncer se reúnem com a Prefeitura Municipal de Campo Grande na tarde desta sexta-feira (23), para tentar negociar o fim da greve.

Ainda estão suspensas as consultas de triagem de novos pacientes e as cirurgias eletivas. Continuam mantidos e estão sendo realizados os atendimentos de urgência e emergência no PAM (Pronto Atendimento do HCAA, 24H), as cirurgias de urgências, atendimentos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), além dos tratamentos nos setores de quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia de pacientes já em tratamento.

A greve prossegue por tempo indeterminado. Os profissionais aguardam resolução para as reivindicações que segundo eles, ainda não foram sanadas devido ao déficit financeiro geral acumulado em R$ 770 mil reais/mês.

De acordo com o documento enviado para a Diretoria do HCAA, os médicos ainda aguardam o cumprimento integral dos seguintes pontos: regularização dos vínculos/contratos dos integrantes do corpo clínico, regularização dos serviços de patologia e exames de imagens (ressonância magnética e cintilografia óssea).

A Prefeitura agendou uma reunião às 14h30 na Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), onde deverão ocorrer negociações sobre o tema. Os médicos anunciaram que só normalizarão os atendimentos quando houver resolutividade para esta questão e os recursos forem efetivamente liberados.