Contrários a presidente, diretores de associação de PMs e Bombeiros criticam reestruturação proposta em MS
Em carta, diretores de 11 cidades do interior apontam divergências no projeto de carreira
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Nesta quinta-feira (18), diretores regionais da ACS (Associação e Centro Social de Policiais Militares e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul) apontaram divergências no projeto de reestruturação de carreira, apresentado pelo Governo do Estado e que é analisado na Assembleia Legislativa. Em carta, eles se posicionam contrários ao presidente da ACS, cabo Mário Couto. Situação semelhante também envolve policiais civis, que não concordam com posicionamento do sindicato que os representa.
Conforme os diretores, a carta demonstra “total insatisfação” dos sócios da ACS sobre a reestruturação da PM e BM. No documento, são apontadas seis divergências no projeto protocolado na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), com autoria do Poder Executivo.
São elas: “aumento de interstício, a revogação das gratificações de funções, permanecendo somente de cmt de equipe e reduzida a 5%, a inacreditável diminuição de níveis e a volta do concurso para cabo e sargento”. Os diretores destacam ainda que, além das gratificações de funções mantidas, os oficiais receberam ‘algumas inclusões’.
Na carta, os diretores indagam a mesma questão apontada por soldados da PMMS: concurso para os praças. Isso é, o projeto prevê que os praças de MS deverão passar por avaliação para serem promovidos a cabo. “Qual o motivo de quererem concurso somente na carreira dos praças?”
Segundo eles, as promoções apenas pela antiguidade atendem a todos e destacam que ‘vários praças chegam ao posto de tenente e capitão’. “Então a desculpa de ter concurso por esse motivo não existe. Ninguém fala em concurso para capitão e major QOPM”, defendem.
Apenas um encontro
“Somente participamos de uma reunião na sede da ACS no dia 28 de maio deste ano”, apontam. Os diretores regionais afirmam que a informação era de que a reestruturação seria implantada até outubro de 2021.
Negociações passadas foram lembradas e, segundo eles, tinham participação ativa dos presidentes anteriores. “Infelizmente nessa negociação nosso atual Presidente não repassou os andamentos”, lamentam.
Assim, “todos os Diretores Regionais que aqui se manifestam, são contra o posicionamento do Presidente da ACS, Srº Cabo Couto”. Eles apontam que os valores brutos apresentados com ‘satisfação’ pelo presidente em vídeo, “na realidade em questão líquida são irrisórios”.
Então, apresentam “pedidos de mudanças nesse projeto, junto aos deputados em nossa ALEMS”. Assinam a carta os diretores regionais da ACS de Coxim, Jardim, Ponta Porã, Nova Andradina, Corumbá, Bataguassu, Naviraí, Paranaíba, Três Lagoas, Dourados e Fátima do Sul.
Nova reunião
Os deputados estaduais se reuniram, na tarde da última quarta-feira (17), com a secretária da SAD (Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização), Ana Carolina Nardes, e, representando os policiais militares, estiveram presentes o comandante-geral da PMMS, coronel Marcos Paulo Gimenez, e subcomandante-geral, coronel Renato dos Anjos Garnes. Os bombeiros militares foram representados pelo subcomandante-geral, coronel Artemison Monteiro de Barros.
Porém, eles não chegaram a um acordo. Com isso, o presidente da Alems, Paulo Corrêa (PSDB), anunciou durante sessão desta quinta-feira (18), nova reunião às 15h, na sala de reunião da presidência. “Tem projetos muito rápidos e um projeto só enganchou. Pedi a reunião hoje às 15h usando a tecnologia que não tem solução num determinado momento, a gente dorme e pensa e a gente deixa para o dia seguinte”.
Segundo Corrêa, os projetos de reestruturação devem ser votados até 17 de dezembro, última sessão prevista antes do recesso parlamentar.
Capitão Contar (PSL) declarou ao Jornal Midiamax sobre o projeto de lei que: “Na ponta do lápis, será uma desestruturação, principalmente para praças e policiais civis”.
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