Após vídeo, três retiram assinaturas e Orro promete novo pedido de CPI da Energisa
Os deputados estaduais de Mato Grosso do Sul teriam discutido sobre o vídeo do deputado federal Loester Trutis (PSL) durante cerca de uma hora em que a sessão na Assembleia Legislativa foi suspensa nesta terça-feira (5). Após o encontro, Felipe Orro (PSDB) prometeu um novo pedido de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da […]
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Os deputados estaduais de Mato Grosso do Sul teriam discutido sobre o vídeo do deputado federal Loester Trutis (PSL) durante cerca de uma hora em que a sessão na Assembleia Legislativa foi suspensa nesta terça-feira (5). Após o encontro, Felipe Orro (PSDB) prometeu um novo pedido de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Energisa até a quinta-feira (7) e três dos seis que haviam assinado o pedido apresentado pelo deputado Capitão Contar (PSL) acabaram retirando as assinaturas.
Depois da reunião, os parlamentares confirmaram que o encontro tratou sobre o vídeo, mas não quiseram se pronunciar. “A Casa vai se manifestar oficialmente”, disse o deputado Pedro Kemp (PT), mas o presidente Paulo Corrêa (PSDB) não falou com os jornalistas até o final da sessão.
Nas explicações pessoais, João Henrique (PL) fez uso da tribuna para dizer que foi uma das primeiras pessoas a assinar a CPI “Tentei o possível para aumentar o objeto, melhorar o fato determinado porque acreditei na boa intenção do meu colega. Aí um deputado federal chega para me cobrar. Esse deputado agrediu a nossa Casa com um fato falso. Em nenhum momento eu disse que não assinaria a CPI por causa de gastos”.
Neno Razuk (PTB) usou a parte para pedir a retirada da assinatura. “Por falta de critério, por ser uma CPI mal formulada, quero retirar a minha assinatura. Não quero usar esse parlamento para beneficiar ninguém”, criticou. Evander Vendramini (PP), que também havia assinado o pedido de abertura, também voltou atrás.
“Estão usando a CPI para fazer campanha, sendo que o objetivo é investigar. É uma CPI que não tem nem fato determinado. A primeira CPI desta legislatura deve ser da Casa, não de um partido”, disse.
Barbosinha (DEM) criticou a postura do parlamentar e apontou a falta de questionamentos à Aneel (Agência Naciona de Energia Elétrica) pela bancada federal. “Por que a Câmara Federal não faz CPI da Aneel? É uma questão nacional o reajuste de energia. A própria Aneel veio no início do ano e disse que não havia irregularidade, quando a gente vê que um aumento desses não pode acontecer. Nós temos oito deputados federais. Por que permitem esses aumentos?”.
Novo pedido
Felipe Orro garantiu que apresenta pedido de abertura de Comissão contra a Energia até a quinta-feira, “mas com fato determinado em cima das denúncias”. “Eu já havia falado com o Contar que estava levantando esses dados há muito tempo. E essa CPI vai ter assinaturas para ser instaurada”. Nos bastidores, deputados afirmam que já contabilizaram 20 parlamentares que teriam sinalizado pela instauração da CPI.
Na segunda-feira (4), o deputado federal Loester Trutis (PSL) protocolou requerimento com pedido de explicações sobre o custo estimado de R$ 200 mil para fazer uma CPI contra a concessionária na Assembleia Legislativa. Trutis chamou em um vídeo postado nas redes sociais os deputados estaduais de ‘bundas-moles’ e ‘folgados’.
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