Rumores de desestatização da MSGás preocupam sindicalistas

Companhia teve lucro de R$ 13 milhões, em 2013

​Possível exclusão da participação do Governo no Estado na MSGás (Companhia de Gás de Mato Grosso do Sul) é um tema que causa preocupação em sindicalistas. O assunto foi discutido durante audiência pública, realizada na Assembleia Legislativa, na tarde desta quinta-feira (12).

“Em 2013, por exemplo, a MSGás teve lucro de R$ 13 milhões. Se a companhia está obtendo lucro, qual a necessidade desse processo de privatização? Quais interesses têm por trás disso?, questionou o membro da Comissão de Empregados para Acompanhamento do Processo de Desestatização da MSGás, Tiago Andreotti e Silva.

Segundo Tiago, 51% das ações da companhia são controladas pelo Estado e os restantes 49% ficam sob a responsabilidade da Gáspetro, sociedade de economia mista e subsidiária da Petrobras. “Em 20 anos, a MSGás sempre se manteve sozinha. Essa desestatização significa menos dinheiro para circular no Estado”, defende.

Processo de desestatização já teve início

No início de dezembro, o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou a assinatura do contrato que autorizava a preparação de um estudo de modelagem de desestatização da companhia, previsto para ter início ainda na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB), no segundo semestre de 2018.

As companhias vencedoras da licitação que estudará o possível processo de privatização da MSGás foram o consórcio liderado pelo Banco Fator e a empresa American Appraisal. Os lances vencedores do certame foram de R$ 3,3 milhões e R$ 91 mil, respctivamente.

O consórcio será responsável pela análise, diagnóstico e modelagem da proposta de desestatização e a American Appraisal, por sua vez, responsável pela avaliação de valor da MSGás.

As vencedoras do certame terão seis meses para conclusão dos trabalhos, sob coordenação do BNDES, com participação de equipes técnicas do Governo Estadual em todas as etapas. Após a decisão final do Executivo, segundo o BNDES, terá o início o processo que poderá levar a companhia a leilão, ainda no segundo semestre desse ano.