Com deputados insatisfeitos, PSDB pode ficar sem bancada federal
Elizeu Dionízio negocia saída e Geraldo Resende é contra aliança
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Elizeu Dionízio negocia saída e Geraldo Resende é contra aliança
As disputas internas e buscas por alianças políticas começam a gerar os primeiros efeitos colaterais no PSDB. Sem espaço no partido, o deputado federal Elizeu Dionízio articula sua saída da legenda e conversa com outras agremiações. O colega de Casa Geraldo Resende pode seguir pelo mesmo caminho, caso o partido faça acordos com adversários políticos dele.
Sem cadeira no Senado, Dionízio e Resende são os dois representantes tucanos de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional. Se ambos decidirem mudar de sigla, o PSDB local ficará sem bancada em Brasília (DF) até o fim deste ano, embora a tendência seja de que fique com apenas uma vaga.
Com o objetivo de se reeleger, Elizeu Dionízio já informou ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB) suas intenções de deixar o ninho tucano. De acordo com a assessoria, ele teve convites do PSL e do Podemos, entretanto, um acordo com este último deve ser dificultado pelo apoio à pré-candidatura de Odilon de Oliveira (PDT), que apoia as pretensões ao Senado de Chico Maia.
Com isso, o caminho está livre para o PSL, que teve a recente adesão de Jair Bolsonaro para ser o candidato do partido à Presidência da República. Além da afinidade de propostas e ideais entre Elizeu e o deputado federal carioca, o parlamentar sul-mato-grossense teve convite para tentar uma vaga ao Senado pela legenda, o que casaria sua intenção de ter um representante do segmento evangélico na Casa.
Já a relação entre Geraldo Resende e PSDB estremeceu após rumores de que o partido estaria negociando uma aliança com o ex-prefeito de Dourados Murilo Zauith (PSB), seu adversário nas eleições municipais de 2016. “Manifestei meu descontentamento com a situação, mas acho que isso vai se resolver internamente”, relatou o tucano ao Jornal Midiamax nesta terça (14).
“Já coloquei minha posição em público e acredito que, qualquer aproximação com o ex-prefeito de Dourados e ex-vice-governador do Estado, eu tenho certeza absoluta de que haverão de me comunicar”, complementa Resende.
Sobre uma eventual saída do PSDB, ele diz que prefere não fazer um “exercício de futurologia”, mas diz não ser adepto da Síndrome de Estocolmo. “Não vou me apaixonar pelo meu algoz”, disparou. “[Zauith] trabalhou tanto no aspecto político como no aspecto estrutural para me derrotar em Dourados. Então eu não gostaria de conviver com quem me traiu no mesmo palanque”.
A traição, segundo Geraldo, ocorre porque o ex-prefeito de Dourados tinha um acordo com ele e o governador Reinaldo Azambuja em que apoiaria a candidatura do tucano à Prefeitura nas eleições de 2016.
Os dois deputados federais tem até 7 de abril para definir que rumos tomarão, período em que está aberta a janela partidária e podem trocar de legenda sem o risco de perder os mandatos por infidelidade partidária.
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