Sindicatos expuseram regras e taxas que aplicativos não pagam

Depois da Câmara da Capital abrir espaço para motoristas do aplicativo Uber, na sessão desta quinta-feira (9), foi a vez dos presidentes dos sindicatos dos taxistas e dos moto-taxistas falarem aos vereadores sobre a polêmica em torno da regulamentação do serviço privado de transporte autônomo de passageiros.

O presidente do Sintaxi-MS (Sindicato dos Taxistas de Mato Grosso do Sul), Bernardo Quartin Barrios, disse que os motoristas e veículos são sujeitos a uma regulamentação que encarece o serviço, e que inclusive são proibidos de conceder descontos nas corridas.

O sindicalista reclamou que a categoria está sendo taxada de ‘mafiosa’. “Os políticos não tem nomes e sobrenomes, com os alvarás também é assim”, declarou Bernardo, que hoje existem 379 alvarás por CPF e 111 permissões divididas em 15 empresas, sendo que uma delas possui 27.

O presidente do Sindicato dos Moto-taxistas, Dorvair Boaventura, o Caburé, sugeriu a criação de uma aplicativo público que oferece o serviço de táxis e moto-táxis, que pudesse baratear as corridas. “Mas, isso nunca vai acontecer. Esperar o que dessa gente?”, questionou.

Vereadores

Apenas o vereador Dr. Loester (PMDB) se posicionou contrário ao transporte de passageiros em veículo particulares por meio de aplicativos.

Eduardo Romero alegou que os aplicativos são uma realidade do mundo atual, ‘irreversíveis’. “Não tem como impor regra igual para serviços similares, com composição diferente”, declarou.

O vereador Valdir Gomes (PP) questionou e cobrou do presidente do Sintaxi uma relação do número de auxiliares de taxistas, os curiangos, à espera de um alvará. Dharleng Campos (PP) destacou que a população ‘abraçou’ os aplicativos porque são mais baratos, “mas o táxi tem cara, nome e endereço”, disse a progressista.

“Tem um cara no (Bairro) Nova Lima que é motorista de Uber, o cara tem 32 anos e 20 de cadeia”, contou vereador Carlão (PSB) cobrando regulamentação e mais segurança no transporte privado de passageiros.