Objetivo consiste em reduzir custos para criadores

Projeto de lei pretende regulamentar certificação de propriedades monitoradas para mormo em Mato Grosso do Sul. Espera-se ampliar a validade dos exames negativos em até 180 dias.

(PMDB) explicou que a medida pode reduzir custos aos criadores de equinos que participam de competições hípicas no Estado, uma vez que hoje precisam ser realizados testes a cada dois meses para detecção da doença causada pela bactéria Burkholderia mallei.

O presidente do CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária), João Vieira de Almeida, recomendou ao deputado que encaminhe a proposta, em paralelo, para análise da comissão de saúde pública da instituição para “ver o que é possível ser implementado”.

Laboratórios

Em maio de 2015, portaria da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) passou a exigir apresentação de exame negativo para mormo no trânsito de equídeos. Ocorre que material colhido por médico veterinário não dispunha de laboratório local credenciado.

Amostras eram enviadas a outros estados para análise, o que tornava o processo demorado e oneroso por ser repetido a cada 60 dias. Somente em fevereiro deste ano foram credenciados dois laboratórios pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) no Estado.

(PMDB), veterinário e presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Políticas Rural, Agrária e Pesqueira da Assembleia Legislativa, teria sido um dos responsáveis por pressionar o ministério para validar o credenciamento das empresas.

Mormo

Doença infectocontagiosa grave, causada pela bactéria Burkholderia mallei, o mormo acomete equinos, asininos e muares, tendo por sinais clínicos frequentes a ocorrência de febre, tosse e corrimento nasal. Animais infectados e assintomáticos são importantes fontes de infecção.

Há disseminação da bactéria – principalmente por via digestiva, além de respiratória, genital e cutânea – através da água, alimentos, cochos, bebedouros e equipamentos de montaria. Lista inclui ainda a mosca doméstica. Quando transmitida ao homem a doença pode ser fatal.