Chefe do MPE diz que prisões são resultados ‘extremos’ para Coffee Break
Resultado deve ser entregue em abril à Justiça
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Resultado deve ser entregue em abril à Justiça
Procurador-Geral de Justiça, Humberto Brittes esteve nesta quarta-feira (24) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e aproveitou para adiantar detalhes da Operação Coffee Break, cujo relatório é analisado pela Procuradoria e deve ser entregue à Justiça em abril. Para Humberto, é difícil que alguém seja preso.
“Alguém ser preso não é critério da ação. Prisão é uma coisa muito extrema. Todos são réus primários, têm residência fixa, então eles acabam não sendo presos. O importante é pagar aquilo que se deve”, declarou.
O procurador explicou que o relatório do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) é um norteamento do inquérito para o relatório final. “Agora nós analisamos o processo, estamos ouvindo mais pessoas, coletando mais provas para poder terminar no final de março e apresentar no início de abril”.
Lama Asfáltica
Brittes destaca que a força-tarefa da Operação Lama Asfáltica já teria recuperado quase R$ 100 milhões em recursos desviados e que os promotores têm autonomia para realizar o trabalho. “É uma investigação extensa, a cada dia novas coisas surgem, como na Operação Lava Jato. Até mesmo processos arquivados podem ser desarquivados por eles, que têm autonomia, independência e tranquilidade para a investigação”.
A Operação Coffee Break foi deflagrada no dia 25 de agosto de 2015 peo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e decorreu da junção de suspeitas levantadas durante a Operação Adna, feita entre 2013 e 2014, e a Operação Lama Asfáltica, tornada pública em julho deste ano. O então prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), e presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar (PMDB), foram afastados de seus cargos até o fim de investigação sobre eventual compra de votos de vereadores na cassação de Alcides Bernal (PP), ocorrida em março de 2014.
Foram expedidos 17 mandados de busca e apreensão, a maioria na residência de vereadores, e a condução coercitiva de 13 pessoas, sendo nove parlamentares, um ex-vereador e três empresários. Os investigados foram ouvidos sob suspeita de corrupção passiva e ativa.
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