Calheiros pode ser alvo de investigações no STF por conta de delação de Delcídio

Será 13º inquérito contra Renan no STF, se pedido for aceito

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Será 13º inquérito contra Renan no STF, se pedido for aceito

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que inclua quatro integrantes da cúpula do PMDB nas investigações sobre possíveis esquemas de corrupção na construção da usina de Belo Monte. Renan Calheiros, Romero Jucá, Valdir Raupp e Jader Barbalho foram indicados pelo procurador como beneficiários por recebimento de propina. Janot se baseou em delações premiadas do ex-senador Delcídio do Amaral e do ex-diretor de energia da Camargo Corrêa, Luiz Carlos Martins.

Ambos descreveram ao Ministério Público um esquema de desvio de dinheiro dos contratos com construtoras trabalhando na Belo Monte. Os recursos serviriam para financiar campanhas eleitorais de diversos candidatos, inclusive da presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), segundo os delatores. O inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre os desvios na usina tramita em sigilo.

Delcídio teria afirmado que R$ 30 milhões foram pagos em propinas às campanhas eleitorais do PT e do PMDB a partir do esquema. Os repasses aos petistas passariam pelas mãos do então Ministro da Fazenda, Antonio Palocci, enquanto os ex-ministros da Casa Civil e de Minas e Energia, Erenice Guerra e Silas Rondeau, fariam os repasses ao PMDB, que beneficiavam diretamente Renan Calheiros e seus companheiros.

Janot incluiu os peemedebistas na investigação afirmando ao STF que “[Eles] não apenas tinham consciência de que os valores eram provenientes das vantagens indevidas destinadas aos diretores e altos funcionários de empresas públicas e sociedades de economia mista federais, mas também atuavam, direta ou indiretamente, para a continuidade do esquema de pagamento de vantagens indevidas”.

O Supremo iniciou o inquérito para investigar um suposto recebimento de propina por parte do senador Edson Lobão, também do PMDB. O senador teria recebido propinas das construtoras da Belo Monte na época em que era ministro de Minas e Energia. O inquérito segue sob relatoria do ministro Edson Fachin. Se Renan for incluso no inquérito, será o 13º em processo contra o líder do Senado no STF.

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