Liberação abre porteira para debandada em MS

O Senado Federal aprovou a PEC que possibilita a janela para troca de partidos a todos os políticos. O “liberou geral” foi aprovado ontem pelos senadores, dando a qualquer político, após a promulgação da lei, o prazo de 30 dais para trocar de partido, sem risco de perder mandato.

A liberação para troca de partido estava no pacote de , mas só foi aprovada agora e pode salvar a vida de muita gente que usou o partido para ser eleito e agora pode migrar para onde quiser, inclusive para ser oposição ou se beneficiar da máquina administrativa.

Na Assembleia Legislativa há dois exemplos claros destas intenções diversas: Beto Pereira (PDT) e Marquinhos Trad (PMDB). Beto foi eleito na chapa de Delcídio do Amaral (PT), mas pouco tempo depois se aliou ao governador eleito, Reinaldo Azambuja (PSDB), de quem é vice-líder na Assembleia Legislativa.

Pouco tempo depois ele começou a se desentender com o presidente estadual do partido, Dagoberto Nogueira, e deu início a uma briga que se arrasta até hoje. Beto chegou a ir à Justiça para garantir a migração sem risco de perder mandato, mas agora deve desistir do processo.

O deputado Marquinhos Trad (PMDB) é outro que se beneficia com a mudança. Ele pretende ser candidato a prefeito de Campo Grande, mas não quer continuar no PMDB. Agora ele tem a liberdade de mudar de partido e deve ingressar no PSD assim que a janela abrir.

A mudança deve atingir outros parlamentares que estão insatisfeitos em seus partidos  ou que usaram a sigla apenas para garantir a reeleição. Na Câmara de Campo Grande, por exemplo, Magali Picarelli (PMDB) e Paulo Siufi (PMDB) anunciaram interesse de sair e agora têm portas abertas. Há um medo maior de debandada no PMDB e PT, diante dos escândalos de corrupção que os partidos passam atualmente.