Mochi diz que ainda não avaliou pedido de deputada ruralista para mudar nome de CPI

Mara quer tirar a palavra genocídio

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Mara quer tirar a palavra genocídio

O presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi (PMDB), ainda não viu pedido feito pela deputada estadual e presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), Mara Caseiro (PTdoB) em relação à CPI do Genocídio que trata sobre a morte dos índios no conflito por terras em Mato Grosso do Sul.

“Ainda não vi, não recebi nada. Quando receber vou avaliar”, disse. Em questão de ordem publicada no Diário Oficial da casa na sexta-feira (20), a parlamentar sugere que o uso da palavra ‘genocídio’ cria “um sentimento de ódio infundado” da opinião pública contra fazendeiros e, por isso, quer censurá-la da comissão ‘rival’.

Os dois grupos de investigação parlamentares foram abertos este ano para apurar aspectos opostos do conflito entre índios e fazendeiros no Estado. A do Cimi quer saber se o grupo, ligado à Igreja Católica, incentiva ações de indígenas contra fazendeiros, enquanto a do Genocídio, criada logo em seguida após contestações públicas de grupos ligados aos interesses dos índios à primeira, investiga casos de violência – inclusive com morte – decorrentes da disputa por terras.

Encabeçada pelo PT, a CPI do Genocídio chama-se oficialmente “CPI da Omissão/ação do Estado nos casos de violência contra o povo indígena de Mato Grosso do Sul de 2000 a 2015”. Mara é vice-presidente deste outro colegiado.

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