Em meio a escândalos e sob investigação, Câmara tenta aproximação com MPE

Presidente comunicou ao MPE criação de Comissão de Ética

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Presidente comunicou ao MPE criação de Comissão de Ética

O presidente em exercício na Câmara Municipal de Campo Grande, Flávio César (PTdoB), apresentou documento ao MPE (Ministério Público Estadual) para justificar que já tomou as devidas providências em relação aos vereadores que estão sob investigação por conta da Operação Coffee Breack. Ontem, a Casa de Leis abriu Comissão Permanente de Ética para apurar o caso. Além disso, o dirigente convidou integrante do MPE para fazer parte da investigação.

Quem o recebeu foi o Procurador-Geral de Justiça, Humberto Brites, que ficou de respaldá-lo sobre o convite em breve. “Neste momento é importante a Câmara cumprir seu papel dentro da lisura e transparência. Fazer com que seja estabelecido o que rege a lei, por isso é importante a presença de um integrante do MPE, para que não haja nenhum lapso de suspeita de que a Câmara possa estar tendo qualquer atitude que comprometa a resolução do caso”, disse Flávio.

A comissão é presidida por João Rocha (PSDB), que também foi líder na Câmara do prefeito afastado, Gilmar Olarte (PP), um dos possíveis alvos da Coffee Breack. A operação investiga suposto esquema de compra de votos de vereadores para cassação do chefe do Executivo, Alcides Bernal (PP), em março do ano passado. O radialista foi cassado, mas por decisão da Justiça voltou ao cargo no final de agosto.

Os demais membros são Chiquinho Telles (PSD), como vice-presidente, Vanderlei Cabeludo (PMDB), Herculano Borges (SD) e Ayrton Araújo (PT). A primeira reunião ocorre amanhã para definição das primeiras medidas. Uma delas é de comum acordo e de solicitar mais informações sobre a operação à Polícia Federal e MPE. Depois de ter acesso aso dados, a comissão pedirá aos legisladores investigados que entreguem depoimentos por escrito e, posteriormente, as oitivas serão agendadas.

A decisão de instituir a comissão foi tomada com base em parecer da procuradoria jurídica da casa, acerca de pedido de providências sobre os oito vereadores investigados – sem contar outros três, que junto com os demais tiveram os celulares apreendidos, e do ex-presidente, afastado do cargo no fim do mês passado.

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