Bernal insiste em secretário cassado e aguarda ‘parecer’ para exonerar Pedra
Cassado no TSE por comprar voto continua nomeado na Prefeitura
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Cassado no TSE por comprar voto continua nomeado na Prefeitura
Alcides Bernal (PP) quer manter nomeado na Prefeitura um político cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por unanimidade no último dia 17, por compra de votos. A decisão dos ministros teve o acórdão publicado nesta quinta-feira (3) e, segundo lei municipal, tornou Paulo Pedra (PDT) ‘ficha suja’, ou seja, impedido de ocupar cargo de confiança na administração pública de Campo Grande. Pedra recebe, atualmente, salário de R$ 15.031,70, já que, no ato de sua nomeação, optou pela remuneração da Câmara.
Apesar da situação, o prefeito afirmou que ainda vai esperar um parecer jurídico da PGM (Procuradoria-Geral do Município) antes de decidir pela exoneração de Pedra, que ocupa o posto de secretário de Governo em sua administração.
Para Bernal, o parecer da PGM fornecerá a orientação jurídica sobre a questão, já que ainda cabe recurso ao secretário. “É uma questão que precisa ser analisada, não pode haver decisão precipitada”, desculpou-se o prefeito. Em outra ocasião, Alcides já havia admitido que fará de tudo para segurar o político cassado por compra de votos nomeado no cargo público. Por conta do relacionamento com Pedra, o prefeito disse que só faria a exoneração caso não houvesse mais possibilidade de recursos.
Paulo Pedra está confiante de que vai manter o salário, já que com a cassação perde os proventos de vereador. Ele afirmou à reportagem “que não há possibilidade de deixar a administração municipal” e que vai recorrer da decisão, conforme já havia anunciado.
“Posso recorrer no TSE e ainda no STF (Supremo Tribunal Federal). Ou seja, enquanto houver um grau de recursos, eu vou recorrer. Em termos de ficar na Prefeitura, isso para mim é ponto pacífico. Vou ficar até não haver mais possibilidades, e desde que o prefeito me queira como auxiliar dele”, disse.
Pedra ainda citou o caso de um político da Bahia cuja cassação aconteceu em 1992, mas que somente nesta semana o STF decidiu essa semana sobre a inelegibilidade dele. “Só depende do prefeito, e se eu tiver a confiança do prefeito, eu fico como secretário até o final do mandato. Construí uma relação de muita confiança com o Bernal, por mais incrível que pareça. Nós nos damos muito bem”, conclui.
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