Advogado ainda aguarda extinção de processo, mas afirma que Olarte já se defendeu
Advogado diz que Olarte e Rodrigo Pimentel prestaram depoimento no TJMS
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Advogado diz que Olarte e Rodrigo Pimentel prestaram depoimento no TJMS
O advogado Jail Benites de Azambuja, responsável pela defesa de Gilmar Olarte (PP), em processo onde responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, afirmou ao Jornal Midiamax que o prefeito já se defendeu das acusações do Gaeco.
Segundo o advogado, Olarte se pronunciou em agosto do ano passado, quando foi ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) falar com o desembargador Ruy Celso Florence. O advogado afirma que o promotor Marcos Alex Vera estava no local e participou da oitiva, mas que não anexou ao processo por se tratar de uma peça de acusação.
O advogado afirma que o secretário de governo, Rodrigo Pimentel, também foi ao Gaeco prestar depoimento dias depois do prefeito Gilmar Olarte. Jail explica que Olarte ainda não apresentou defesa por escrito, embora o tempo para se pronunciar já tenha vencido. Porém, alega não defendido o cliente porque aguarda resposta do pedido de extinção do processo, apresentado no dia 20 de fevereiro.
O Processo
O processo foi aberto após denúncia de Paulo Sérgio Telles, que relatou um esquema de empréstimo de dinheiro por parte de Ronan Feitosa, supostamente a pedido de Gilmar Olarte, na época que a Câmara caminhava para a cassação de Alcides Bernal (PP).
Segundo denúncia, algumas pessoas emprestaram, aproximadamente, R$ 900 mil, em cheques e dinheiro, com a promessa de que receberiam cargos e vantagens futuras na administração municipal de Campo Grande. Porém, a maior parte destas pessoas teria acabado levando ‘tombo’.
Alguns trechos revelam conversas que remetem a tramas novelescas de malandragem e muitas manobras financeiras em busca da prosperidade com cheques sem fundos e empréstimos não oficiais. Boa parte dos envolvidos são ligados, de alguma forma, por vínculos religiosos. Gilmar Olarte é pastor de uma igreja evangélica antes mesmo de se tornar político.
No processo constam empréstimos de R$ 115,1 mil do filho de M.D., R$ 240 mil de S.V., R$ 100 mil de I.M., R$ 68,5 mil com C.L.S. e R$ 47 mil com M.S.T.. Quem supostamente emprestou não tinha intenções de caridade, pois os valores teriam supostamente sido cedidos mediante promessa de cargos e participações na Prefeitura, caso Olarte ficasse com o cargo de Bernal.
Segundo processo, sob o comando de Olarte, Ronan teria procurado as pessoas pedindo cheques e prometendo cargos. A mulher que emprestou o cheque de um filho chegou a ser flagrada em conversas onde, por meio de rede social, cobra diretamente ao novo prefeito pelas promessas não cumpridas após a cassação de Alcides Bernal.
A mulher chega a pedir R$ 3,5 mil ao prefeito e diz que o filho dela nem conversa mais com ela, visto que ficou negativado por conta dos cheques que voltaram por não terem fundos. Há no processo, por exemplo, várias indicações de que ela teria recebido salário da Prefeitura, já com Olarte no comando, sem nem ter trabalhado.
Em uma das gravações anexadas ao processo, esta testemunha diz que Olarte utilizaria parte do dinheiro para pagar pessoas para demonstrar insatisfação com a gestão de Bernal e parte para conquistar apoio dos membros do Poder Legislativo, favorecendo a queda do próprio companheiro de partido e mandato para ficar com o cargo.
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