Ex-presidente de CPI contra Bernal diz que aguarda explicação de Olarte sobre Itel

Itel foi contratada para prestar serviços de digitalização de documentos, manutenção de sistemas de informação e operacionalização de soluções

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Itel foi contratada para prestar serviços de digitalização de documentos, manutenção de sistemas de informação e operacionalização de soluções

O ex-presidente da CPI da Inadimplência, vereador Elizeu Dionizio (SD), aguarda resposta não oficial do prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), sobre o contrato milionário da Prefeitura com a empresa Itel Informática.

“Acho que até o início da semana que vem o prefeito me responde à solicitação sobre o contrato com a Itel. Se não, vou fazer a solicitação oficialmente com a apresentação de requerimento. Daí ele terá 15 dias para responder”, afirmou Elizou.

A Itel foi contratada para prestar serviços de digitalização de documentos, manutenção de sistemas de informação e operacionalização de soluções do IMTI (Instituto Municipal de Tecnologia da Informação) e da Agetran (Agência Municipal de Trânsito).

No entanto, o processo licitatório foi objeto de reclamação de empresários participantes. O clima antes da abertura das propostas era de mistério e somente duas empresas compareceram para disputar a licitação milionária, a Itel e a DigithoBrasil, e ambas mantém contratos milionários com o governo do Estado. Os lances tiveram pouca variação do inicial estimado pela prefeitura, que era de R$ 14.988.000.

As empresas apresentaram 11 lances e contra lances, que resultaram na oferta de R$ 14.690.000 da Itel. A última proposta da Digitho foi de R$ 14.700.000.

Doadoras de campanha

As duas empresas que participaram da licitação são gigantes em arrecadação pelo serviço com o governo do Estado. A Itel faturou de 2010 até o momento, mais de R$ 71 milhões e a Digithobrasil recebeu R$ 153.226.144,87 de 2011 até então. Atualmente, a empresa mantém R$ 54.262.439,70 em contratos com a administração pública do Estado.

A empresa Digithobrasil está na lista de doadoras de campanha. Em 2012, a empresa doou R$ 600 mil ao comitê do PMDB nas eleições, quando Edson Giroto foi candidato a prefeitura de Campo Grande e perdeu as eleições. Nas eleições de 2010, a empresa doou R$ 250 mil a campanha de André Puccinelli (PMDB) e R$ 50 mil ao candidato a deputado estadual Ary Rigo (PSDB).

Nestas eleições, a Digitho doou R$ 50 mil ao candidato a deputado estadual Roberto Durães (PT) e R$ 7,5 mil a José Ivan de Almeida (PEN).

Já a Itel Informática, de João Baird, mantém mais de R$ 71 milhões em contratos com o governo do Estado e doou em 2010 para a campanha ao governo de André Puccinelli (PMDB), R$ 500 mil. Na campanha de 2012, a empresa doou mais R$ 535 mil para dois candidatos a Prefeito.

O dono, João Baird, por sua vez, também mantém generosas doações nas últimas campanhas eleitorais. Em 2010, ele ‘ajudou’ o futuro cliente, Puccinelli, com R$ 1,7 milhão. Dois anos mais tarde, ele doou mais R$ 350 mil para dois candidatos a prefeito.

Em 2014, a Itel ajudou a campanha a governador de Delcídio do Amaral (PT), até o momento, com R$ 450 mil. Doou ainda R$ 50 mil para Luiz Henrique Mandetta (DEM), que foi reeleito deputado federal, e R$ 100 mil para Flávio Kayatt (PSDB), eleito deputado estadual.

Nas eleições atuais Baird também ajudou candidatos em MS. Até o momento, ele doou R$ 300 mil para a campanha do petista Delcídio do Amaral e ajudou Luis Henrique Mandeta com R$ 100. Ajudou ainda Maria Eloir Rodrigues Vilante (PMDB), candidata a deputada federal e Marilza Carlos da Silva (PTN), candidata a deputada estadual, com R$ 5 mil e R$ 3 mil, respectivamente.

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