Deputado de MS chama ministro da Justiça de ‘picareta’ por enrolar questão indígena
Com novas ocupações indígenas ocorrendo constantemente em propriedades rurais em Mato Grosso do Sul, os conflitos pela terra se agravaram e os ânimos na Assembleia Legislativa se exaltaram. No debate da questão, teve até deputado chamando o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de “picareta”. Lídio Lopes (PEN) ocupou a tribuna para denunciar que indígenas […]
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Com novas ocupações indígenas ocorrendo constantemente em propriedades rurais em Mato Grosso do Sul, os conflitos pela terra se agravaram e os ânimos na Assembleia Legislativa se exaltaram. No debate da questão, teve até deputado chamando o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de “picareta”.
Lídio Lopes (PEN) ocupou a tribuna para denunciar que indígenas além da fronteira do Brasil tem sido recrutados para protestar em Mato Grosso do Sul. “Por que as Forças Federais na fronteira não impedem esta entrada? Tem que fiscalizar”, criticou.
Em seguida, o deputado estadual Eduardo Rocha (PMDB) destacou que essa função seria da União e que quando o Estado tentou intervir, dois secretários e o governador foram acionados pelo Ministério Público Federal. “Então a União tem que salvaguardar o problema indígena”, frizou.
“Semana que vem vamos assistir fatos lamentáveis que poderiam ser evitados”, disse Junior Mochi (PMDB), preocupado com mais conflitos armados.
Um pouco mais exaltado, ocupou a palavra o deputado Paulo Corrêa (PR), que desafiou a presidenta Dilma Rousseff (PT) exigir segurança na fronteira ao governador André Puccinelli (PMDB).
“Manda a Dilma falar com o governador, quero ver se tem coragem. Porque o ministro da Justiça já esteve aqui e ele é um picareta. Para mim, quem dá palavra e não cumpre é um picareta. Quem fala que vai pagar e não paga é picareta”, esbravejou.
Até mesmo o líder do PT na Assembleia Legislativa, Laerte Tetila, concordou que o ministro, mesmo com várias vindas ao Estado, não resolveu a situação. Já Mara Caseiro disse se sentir envergonhada por ser deputada e não conseguir manter a ordem no Estado.
“No sábado recebi a ligação do senhor Itamar, de Iguatemi (MS), que me ligou avisando da invasão dos índios em sua fazenda, mas não podemos fazer nada. A polícia já disse que não pode ir lá, por represálias do Ministério Público. A situação está incontrolável”, concluiu. (Matéria alterada às 11h13 para acréscimo de informações)
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