Alvo de críticas, presidente do PMDB avisa que pressão não irá tirá-lo do páreo

Cúpula do PMDB estaria bolando estratégia para forçar o recuo de Esacheu da disputa por mais um mandato à frente do PMDB estadual

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Cúpula do PMDB estaria bolando estratégia para forçar o recuo de Esacheu da disputa por mais um mandato à frente do PMDB estadual

Alvo de uma enxurrada de ataques por manifestar a preferência pela candidatura da vice-governadora Simone Tebet (PMDB) à sucessão do governador André Puccinelli (PMDB), o presidente regional do PMDB, Esacheu Nascimento, avisou que não irá recuar da disputa pela reeleição, muito menos a base da pressão.

“Não tenho como recuar, o projeto de seguir na presidência do partido não é mais só meu, mas de um grupo”, explicou Esacheu. Segundo ele, “inúmeros filiados solicitam” a continuidade do seu trabalho por considerar que houve o “fortalecimento” do partido em sua gestão. “Em 100% dos municípios do Estado, o PMDB tem diretório”, destacou como parte de suas ações.

Além disso, ele exaltou o bom relacionamento com a cúpula nacional e a parceria na construção de um projeto de partido. “Temos um projeto nacional e eu estou dentro, inclusive, estive nos últimos dias em Brasília discutindo isso com o vice-presidente Michel Temer e com o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp”, frisou.

Em Mato Grosso do Sul, no entanto, parte da cúpula peemedebista vem defendendo o fim da história de Esacheu no comando regional. O deputado federal Fábio Trad (PMDB) chegou a sugerir a volta do senador Waldemir Moka ao posto de presidente ou a eleição do ex-deputado estadual Youssif Domingos (PMDB).

A sugestão surgiu logo após vir à tona críticas de Esacheu ao processo de escolha do candidato a prefeito de Campo Grande e de manifestar preferência pela candidatura de Simone ao governo em detrimento da do prefeito Nelsinho Trad (PMDB).

Interessado direto na discussão, Nelsinho fez coro à declaração de Fábio Trad e ganhou o apoio de Moka, de Youssif, do deputado estadual licenciado Carlos Marun (PMDB) e do presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Siufi (PMDB). Todos se uniram contra Esacheu para tentar isolá-lo no PMDB.

Nesta segunda-feira (12), por exemplo, estaria prevista reunião de Moka com o deputado Jerson Domingos (PMDB), Marun e o chefe da Casa Civil Osmar Geronymo para tentar bolar uma estratégia para forçar o recuo de Esacheu da disputa pela presidente do PMDB. Eles tentam abafar a crise interna para evitar mais estragos em 2014.

A eleição do novo presidente do partido deverá acontecer até o dia 23 de dezembro. Antes, segundo Esacheu, os diretórios municipais renovam suas equipe para, depois, escolher o novo diretório regional. 

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