Blitze geram revolta na internet, mas nas ruas, maioria evita polêmicas

Ações estão acontecendo em vários pontos da Capital

Se na internet, o clima é de revolta com as blitze que tem deixado motociclistas a pé, nas ruas, no local onde elas ocorrem, a maioria prefere evitar polêmicas. Na internet os comentários vão desde culpar os buracos a questionar porque carros não são parados nas ações.Já nas ruas para a maioria as ações da PM de trânsito deveriam ser mais frequentes.

Os posicionamentos em relação às blitzes vão desde a afirmações que essas ações atrapalham a vida do trabalhador que muitas vezes não tem dinheiro para pagar a documentação à alegação de que isso só acontece quando o governo precisa arrecadar mais dinheiro.

A diarista Edna da Costa, 39 anos acredita na importância das ações. “É importante, precisa ter blitz”, afirma.

No Facebook os comentários são variados. Em uma das publicações uma mulher cita que o valor da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) é uma dificuldade para as pessoas que precisam adquirir o documento. Outra ainda cita os buracos e sugere que uma blitz seja feita na Prefeitura. 

Policia Militar de Trânsito

O coronel Waldir Ribeiro Acosta, comandante do CPM (Comando do Policiamento Metropolitano) afirmou que a prioridade são as motocicletas por conta da vulnerabilidade nos acidentes, mas em caso de carros suspeitos esses também serão parados. “As motos estão nas estatísticas com maior número de vitimas fatais em acidentes. São os veículos preferidos pelos ladrões tanto para usarem em roubos e furtos, como para subtração de bem”, contou.

Ao ser questionado, sobre as pessoas reclamarem bastante, ele disse que no ato da apreensão existe sempre um ou outro que reclama mas na maioria dos casos não. “Tem sempre alguém para chorar, mas a maioria sabe que está errado, acaba aceitando”, concluiu.

Em menos de 1 hora de ação, a PM de Trânsito apreendeu 14 motocicletas na esquina da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Maio na tarde desta terça-feira (19).