Policiais e agente penitenciário ligados a bicheiro que está preso em MS são alvos de operação

São cumpridos mandados de busca e apreensão contra três policiais civis e um agente penitenciário. Ação acontece em endereços da Zona Oeste do Rio de Janeiro

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Bicheiro Rogério Andrade, um dos chefes da contravenção no Rio de Janeiro – (Reprodução/TV Globo)

Policiais, integrantes da quadrilha, liderada pelo bicheiro Rogério de Andrade, que atualmente está preso no Presídio Federal de Campo Grande, são alvo de uma operação do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Civil nesta quinta-feira (28).

São cumpridos mandados de busca e apreensão contra três policiais civis e um agente penitenciário. Ação acontece em endereços da Zona Oeste do Rio de Janeiro.

A operação também conta com participação do Gaeco (Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado), que atua junto da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro e a Corregedoria-Geral da Polícia Civil.

Rogério está preso desde o dia 29 de outubro, após denúncia do Gaeco pela morte do contraventor Fernando de Miranda Iggnacio. Ele estava encarcerado no Complexo de Bangu, no RJ. No dia 12 de novembro, o bicheiro foi transferido para o Presídio Federal de Segurança Máxima, no Mato Grosso do Sul.

Rogério de Andrade, maior bicheiro do Rio, foi preso na manhã do dia 29 de outubro, em sua residência na Barra da Tijuca. O Gaeco/MPRJ denunciou o bicheiro à Justiça pelo homicídio qualificado de Fernando de Miranda Iggnácio, ocorrido em novembro de 2020, no estacionamento de um heliporto no Recreio dos Bandeirantes. 

Segundo as investigações, Andrade seria o mandante do crime. Os mandados da operação “Último Ato” foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri e cumpridos na Barra da Tijuca e em Duque de Caxias.

Investigação

Andrade já tinha sido denunciado pela morte de Iggnácio em março de 2021. No entanto, em fevereiro de 2022, a Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu trancar a ação penal contra o contraventor, alegando falta de provas.

Por meio de novo PIC (Procedimento Investigatório Criminal), o MP afirma que identificou não apenas sucessivas execuções protagonizadas pela disputa entre os contraventores Ignácio e Andrade, mas também a participação de uma outra pessoa no homicídio. De acordo com a nova denúncia do Gaeco, Lisboa foi o responsável por monitorar a vítima até o momento do crime.

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