Com julgamento que pode durar até 5 dias, setembro terá 12 sessões no Tribunal do Júri em Campo Grande

Destaque é para o julgamento de Jamil Name Filho e comparsas pelo assassinato de Marcel Colombo, previsto para a semana do dia 16

Mirian Machado – 03/09/2024 – 09:58

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Jamil Name Filho. (Henrique Arakaki, arquivo Midiamax)

Setembro terá 12 sessões de julgamentos em . Entre os casos, está o de Jamil Nami Filho e comparsas, pelo assassinato de Marcel Colombo, em 2018. Pela complexidade e quantidade de réus, foi destinada a semana do dia 16 ao dia 20 para o julgamento.

Mas outros 11 casos terão desfecho este mês.

Na quarta-feira (4), Lucas Fernando Zanatta, será julgado por tentar matar Erilio Amâncio dos Santos a golpes de faca. O crime aconteceu em março de 2021 em uma conveniência na vila Romana, em Campo Grande. A vítima era dona do estabelecimento.

O autor foi até o local esposa para comprarem bebida alcoólica e cigarro, após a compra, o autor desistiu de uma vodka, mas a devolução foi negada pela vítima. Lucas então com uma faca golpeou a vítima na cabeça.

No dia 5, quinta-feira, Claudio Izabel de Oliveira, vai a julgamento por tentar matar Cleverton da Silva Reis em junho de 2022, no Jardim Leblon. A vítima e três amigos estavam em uma conveniência quando encontraram o autor e a esposa.

A vítima e amigos pediram dinheiro para o autor, mas ele negou. Depois a vítima e amigos foram até um ponto de ônibus, aguardando o coletivo, quando o autor e sua companheira, em um carro, passaram pela via e visualizaram a vítima. Ele voltou e parou o carro e com uma arma de fogo atirou contra a vítima, atingindo-a.

Na sexta-feira (6) é a vez de Luciana Duarte Grubert ser julgada por matar o marido Reginaldo Amaral Paes. O assassinato aconteceu em janeiro de 2022 no Jardim Noroeste. O casal vivia junto há 10 anos. No dia do crime, estavam ingerindo bebida alcoólica juntos, quando começaram a discutir.

Luciana pegou uma faca e desferiu golpe na vítima. A mulher foi presa em flagrante. A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital.

Na terça-feira (10) Giovane Oliveira Carvalho vai a julgamento por matar Arley dos Santos Sorrilha em dezembro de 2017 em uma conveniência no Centro de Campo Grande. O autor e um amigo foram à conveniência comprar bebida alcoólica e voltaram para o veículo Gol, estacionado no próprio comércio. Assim que deu ré no veículo, a vítima passava por trás e foi atingida, e então iniciou uma discussão. 

Um funcionário do estabelecimento pediu que todos se retirassem do local. Quando a vítima se afastava, Giovane teria dito: “Ué você não é o brabão? tá fugindo porque?”, momento em que a vítima foi em direção ao carro, e o autor já desceu armado e fez cinco disparos contra Arley, que morreu no local. A dupla fugiu no veículo.

No dia 11, José Jovêncio Filho, será julgado por tentar matar Osvaldo Cristaldo em maio de 2022 no bairro Mata do Jacinto.

O autor dirigia um caminhão, quando avistou a vítima em um Fiat Pálio e decidiu confrontá-la: “você está siando com a minha mulher?”. Em seguida pegou uma faca e atingiu a vítima e só parou os golpes com a chegada da polícia.

Já no dia 12 é a vez de Eryck Rodrigues Alves sentar no banco dos réus por ter matado o amigo de infância Rodney da Costa Rodrigues, em julho de 2022, na praça da Cohab, na Rua Agripino Grieco, em Campo Grande.

Ambos cresceram juntos no bairro Cohab, em Campo Grande, e a morte ocorreu quando o autor tentou separar uma briga envolvendo a vítima.

No dia 13, Jederson Miranda Perez será julgado por tentar matar Leonardo Martinez a tiros, em janeiro de 2020, no bairro Moreninha. Segundo a denúncia, a namorada da vítima era inquilina e tinha um caso extraconjugal com o pai do autor.

Após os familiares do autor descobrirem, despejaram a menina do imóvel alugado.

A mulher e o namorado, estavam fazendo a mudança do local, quando o autor chegou e chamou a vítima: “ô cornão do ano!”. Logo iniciaram uma discussão e agressões. O autor foi até sua conveniência e voltou com uma arma de fogo e disparou contra o Leonardo, que foi socorrido.

Marcel bebia com amigos quando foi executado

Os dias entre 16 e 20 de setembro foi destinado para o julgamento de Jamil Name Filho, Marcelo Rios, Everaldo Monteiro de Assis e Rafael Antunes Vieira, por matarem Marcel Costa Hernandes Colombo.

O crime aconteceu em outubro de 2018, na madrugada do dia 18 na Cachaçaria Brasil, na Avenida Fernando Correia da Costa, Centro de Campo Grande.

Na mesma ocasião, eles também serão julgados por tentativa de homicídio contra Tiago do Nascimento Bento, que foi atingido pelos disparos durante a execução do crime contra Marcel.

Segundo a denúncia, os envolvidos fazem parte de uma organização criminosa cujas tarefas eram dividias em núcleos. O crime foi cometido a mando de Jamil Name, pai e filho, líderes da organização criminosa.

Marcelo Rios era responsável por repassar as informações a mando dos líderes.  Já Everaldo e Rafael auxiliam os homens de confiança do grupo.

Rafael não teve participação no crime, mas foi o responsável por esconder a arma do crime.

O motivo para o crime é que Colombo e Name Filho se desentenderam em uma casa noturna da cidade e Colombo desferiu um soco no nariz de Name.

Juanil Miranda Lima foi quem efetuou os disparos, com a vítima de costas, porém ele não será julgado nesta data pelo crime.

Dia 24 Tony Roger Ayala Barthman vai a julgamento por tentar matar Cleyton Simplicio do Carmo em dezembro de 2016 no Jardim são Conrado. Tony, com uma arma de fogo, chegou ao bar onde a vítima estava, desceu do veículo e efetuou os disparos. A esposa na direção do veículo e após o crime o casal fugiu.

Local onde ossada estava enterrada. (Alicce Rodrigues, Midiamax)

No dia 25, Marcelo Pereira da Silva e Ricardo Freitas Portes sentam mais uma vez no banco dos réus em menos de um mês. Dessa vez eles são julgados pela morte de Damião Miguel da Silva, cuja ossada foi localizada enterrada em uma cama embutida de concreto.

Damião, estava desaparecida havia 45 dias antes de ter a ossada encontrada no dia 21 de agosto de 2023. Os dois homens foram presos quatro dias depois, no dia 25, e confessaram o assassinato.

Segundo o relato dos autores, Ricardo, Marcelo e Damião bebiam no quintal de uma vila de quitinetes na Avenida Julia Maksoud quando se desentenderam por conta de drogas. A vítima, ainda, teria feito uma brincadeira por ficar com a esposa de um dos autores. Foi então que os comparsas se uniram e mataram o colega.

Eles confessaram ter matado a vítima com cerca de 4 golpes de madeira, além de ‘terminar’ o serviço com golpes de picareta. 

Na quinta-feira (26), Sergio Arruda Gonçalves, será julgado pelo assassinato de Everton Alexandre Farinha dos Santos, em abril de 2022, na Rua do Patrocínio no Jardim Centro Oeste. Sérgio foi contratado para informar a localização da vítima. 

O crime aconteceu a mando de outro homem, Lucas Cardoso, que possuia desavenças com a vítima, já que tiveram relacionamento amoroso com uma mulher. 

Lucas então contratou Sergio para monitorar a vítima e comunicar sua localização. Após Sergio informar onde a vítima estava, dois Indivíduos em um carro entraram no pátio do lava-jato onde a vítima trabalhava. A vítima, achando que eram clientes, foi ao encontro da dupla, que desceram do carro e atiraram.

A dupla fugiu, mas colidiu o carro em um muro. Eles abandonaram o veículo e fugiram a pé.

Sérgio é julgado, por agir mediante pagamento, prestou auxílio moral a Lucas. Sergio estava ciente da intenção de Lucas e por isso colaborou com a prática criminosa. 

Por fim, o último julgamento do mês é o de Luan Gonçalves Inverso, no dia 27. Ele matou Edivan Elias de Souza a facadas, após uma briga com a namorada em um bar de Campo Grande.

Everton Alexandre foi executado a tiros (Foto: Leonardo de França, Midiamax)

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