Kátia Regina de Castro vai a julgamento nesta quinta-feira (13) pelo assassinato do funcionário da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) Givaldo Domingues da Silva, de 43 anos, em maio de 2017. Nesses seis anos, ela respondeu pelo crime em liberdade e hoje senta no banco dos réus. 

“Seja o que decidirem”, disse a filha de Kátia, que está no julgamento da mãe. A mulher disse ao Jornal Midiamax que no dia do crime ela estava trabalhando e não soube e nem viu a discussão entre a mãe e o padrasto. Quando ela chegou em casa, Kátia contou que o funcionário da Agetran estava trabalhando, mas como Givaldo não voltou para casa, ela começou a desconfiar, mas não falou nada.

Ela ainda revelou que na época não entendia, não conseguia entender o que tinha ocorrido e não apoia o que a mãe fez. “Tive que optar por ficar do lado dela porque todo mundo a abandonou”, relatou a filha de Kátia, que responde por homicídio por motivo torpe e ocultação de cadáver.

Evandro ferreira ballo, 36 anos, mecânico, sobrinho do funcionário da Agetran não acredita que o assassinato do tio tenha ocorrido por defesa do filho de Kátia. Ele acredita que o crime aconteceu por causa de um suposto amante da mulher. Na época, Kátia desmentiu um relacionamento extraconjugal. 

O mecânico lembrou que, um dia depois do assassinato do tio, Kátia foi até a casa da família de Givaldo para um churrasco e disse que não sabia do paradeiro do marido. Só depois de muita insistência da cunhada de Kátia, que ela foi até uma delegacia para registrar um boletim pelo desaparecimento do marido.

Quando o corpo de Givaldo foi encontrado em uma vala, Kátia teria ficado desesperada dizendo que a colocariam como suspeita, mas que não havia feito nada, lembra o mecânico. “Ficou 6 anos solta, que saia presa. Tem que pagar pelo que fez”, disse Evandro. 

O crime 

De acordo com o delegado que atendeu o caso na época, Jairo Carlos Mendes, o crime aconteceu na tarde do dia 6 de maio de 2017, na casa onde o casal morava com o filho, no Bairro Cophavila II. Em depoimento, Regina contou que o marido chegou em casa exigindo que ela tomasse uma atitude para reverter a homossexualidade do filho. No momento da discussão, o garoto estava na casa de um amigo.

Durante a briga, Givaldo e Regina se agrediram e, para se defender, a mulher usou uma que estava na cozinha para atacar o marido. “Ela estava fazendo almoço na hora da discussão, a faca estava por perto”, conta o delegado.

Após o crime, Regina afirmou à polícia que usou uma carriola para levar o corpo até o carro da família. Ela colocou o corpo no banco de trás do automóvel e dirigiu até a , onde o deixou em uma vala.

O corpo do servidor da Agetran foi encontrado às margens da BR-262, entre a saída de e Indubrasil. Givaldo estava vestindo camiseta clara, tênis e calça de linho clara e no corpo, que estava em avançado estado de decomposição, foram encontradas marcas de tiros e facadas.

Após se livrar do corpo, a mulher jogou a carteira e as chaves do marido no Rio Anhanduizinho. No dia seguinte, ela deixou a moto de Givaldo em um posto de , onde foi flagrada por câmeras de segurança.