A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul já pediu pela extradição de Thiago Gabriel Martins da Silva, conhecido como ‘Especialista do PCC' (Primeiro Comando da Capital) e suspeito pelo assassinato do garagista conhecido como “Alma”, Carlos Reis Medeiros de Jesus. Thiago foi preso na em uma ação durante a apreensão de aeronaves que seriam usadas para transportar cocaína.

Segundo o delegado José Roberto da DHPP (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de e de Proteção à Pessoa), os trâmites para a extradição do ‘Especialista do PCC' já foram tomadas e, quando isso ocorrer, ele deve vir para , onde será ouvido.

Ainda não se sabe quando a extradição de Thiago deve ocorrer. O ‘Especialista do PCC' estava foragido da justiça pelo crime de homicídio doloso qualificado contra o garagista “Alma” e integrava a lista da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal). Thiago teve a prisão preventiva decretada pela 2ª Vara do Tribunal do da comarca de Campo Grande e deve ser levado para a Capital.

‘Especialista do PCC' foi preso com granadas

Thiago foi preso junto de mais duas pessoas, no departamento de Beni, na Bolívia, onde estavam acontecendo as operações desde a madrugada de domingo (20). Quando encontrados, o brasileiro usava um colete e nos bolsos dele a polícia encontrou granadas. Conforme o Jornal El Deber, foram apreendidas munição M4 e arma de grosso calibre para uso militar.

As operações são de busca do narcotraficante uruguaio Sebastián Marset. O primeiro avião apreendido, branco com listras vermelhas, matrícula CP-3175, foi encontrado em Santa Rosa, carregado com 406 quilos de cocaína.

A droga estava “camuflada” em embalagens semelhantes a tijolos, e provavelmente seria trazida para o Brasil, segundo a polícia.

As ações aconteceram em um povoado ao norte de Santa Ana de Yacuma, onde foi encontrado outro avião azul e branco, matrícula CP-1482. No interior, os policiais detectaram amostras de cloridrato de cocaína.

Assassinato de Alma

Conforme a denúncia, Vitor, vulgo “Primo”, e Thiago, vulgo “Especialista”, armados com uma arma de fogo e uma faca, mataram Alma, que desapareceu na manhã do dia 30 de novembro em um estabelecimento na Avenida Gunter Hans, em Campo Grande.

Alma realizava “negócios” com os acusados emprestando dinheiro a eles e mantinha boa relação com ambos. A vítima foi atraída para o local, de propriedade de Thiago, achando que receberia o pagamento de um empréstimo que o acusado havia contraído.

Após a saída dos funcionários, restando somente os três réus e Alma, Thiago, simulando que saldaria a dívida, tirou um montante de dinheiro do bolso e começou a contar na frente da vítima, que estava sentada em uma cadeira observando a contagem. Neste momento, Vitor se aproximou da vítima pelas costas e o golpeou no pescoço. Por sua vez, Thiago, que também estava armado, efetuou disparos contra Alma.

Foi investigado ainda que Alma era “sócio” do pai de Thiago em negócios envolvendo agiotagem. O garagista teria emprestado grande montante de dinheiro a diversas pessoas. Porém, o pai de Thiago faleceu em 2020 e, por esse motivo, Thiago queria receber o dinheiro emprestado pelo pai e Alma por “direito”.

Como um dos credores não havia feito o pagamento, Thiago começou a arquitetar a morte dele, juntamente com alma e Vitor, mas em certo momento Alma acabou desistindo de matá-lo. Thiago se revoltou, pois não receberia o dinheiro, aliado à dívida que tinha com Alma, incluído com bens penhorados, arquitetou a morte do garagista, juntamente de Vitor, que também devia para a vítima.

Após o assassinato, o trio colocou o corpo do garagista no porta-malas de um Chevrolet Corsa Sedan até local desconhecido e fizeram a limpeza do local. Thiago se apossou de uma caminhonete da vítima, uma Ford F-250, que havia sido deixada por Alma no comércio de Thiago para realização de serviços de funilaria.