Paulo Xavier perde patente e posto de capitão da PM em MS após condenação judicial

Paulo Xavier chegou a ser preso na Operação Las Vegas

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Paulo Xavier, pai de Matheus (Nathalia Alcântara, Midiamax)

O pai do estudante Matheus Coutinho, assassinado a tiros de fuzil, no dia 9 de abril de 2019, acabou perdendo a patente e o posto de capitão da Polícia Militar. A decisão foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (22).

Na decisão Paulo Xavier perde a patente o posto de Capitão. “DECLARAR a perda do posto e da patente do Capitão QOPM Reformado Paulo Roberto Teixeira Xavier, matrícula nº 9781021, sem repercussão em seus proventos decorrentes da sua passagem para a inatividade, em cumprimento a decisão judicial proferida nos autos nº 1407034-41.2017.8.12.0000, pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, nos termos da Orientação OCDJ/PGE/MS/CJUR-SEJUSP/Nº 004/2023. (Processo nº 31/302901/2019).”

A publicação foi assinada pelo governador Eduardo Riedel. Paulo foi preso em 2009 durante a deflagração da Operação Las Vegas, sobre jogos de azar. 

Operação Las Vegas

O capitão já havia sido preso em 2009 por envolvimento com uma organização que explorava máquinas caça-níqueis em Campo Grande. Paulo Roberto Teixeira Xavier foi condenado a sete anos de prisão em regime fechado por falsidade ideológica, por manter um estabelecimento comercial, o que é proibido para oficial e corrupção passiva.

Na época, ele foi denunciado pelo Ministério Público durante a operação Las Vegas, realizada pela PF (Polícia Federal) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado), como responsável pela logística e segurança da organização que explorava máquinas caça-níqueis na Capital.

O major da Polícia Militar Sérgio Roberto de Carvalho foi apontado como líder do esquema e acabou expulso da corporação. Com a quadrilha foram apreendidos 18 veículos, um avião, 97 máquinas de caça-níqueis, R$ 77 mil, US$ 1,7 mil, computadores e notebooks.

Cerca de dois anos depois da prisão, em 2011, o STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu habeas corpus ao capitão, que a essa altura já cumpria a pena em regime semiaberto.  Desde então Xavier aguardava o julgamento em liberdade.

No ano de 2015, foi flagrado observando um banco em posse de uma pistola 380 sem registro em uma caminhonete com placa alterada, em Bom Jardim (MA). No entanto, recebeu alvará de soltura após o juiz considerar que ele não preenchia os requisitos para a prisão preventiva.

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