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Polícia

Governo vai credenciar e capacitar psicólogos para atendimento em delegacias em MS

Psicólogos foram exonerados no ano passado, mas não foram recontratados
Fábio Oruê -
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psicólogos atendimento
Casa da Mulher Brasileira. (Foto: Arquivo, Midiamax)

O Governo de Mato Grosso do Sul vai credenciar e capacitar psicólogos para atender vítimas de crimes, nas delegacias do Estado. A informação foi divulgada pelo secretário da Sejusp-MS (Segurança de Estado de Justiça e Segurança Pública), Antônio Carlos Videira, nesta quarta-feira (15).

Antes de entrar em reunião na Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande, para definir atendimento 24 horas para vítimas crianças e adolescentes, Videira esclareceu sobre a falta de psicólogos na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

Segundo ele, os profissionais foram exonerados no ano passado e não foram recontratados. “O Governo do Estado já autorizou o credenciamento de psicólogos para todo o Estado. Já iniciou o estudo técnico preliminar do termo de referência para credenciamento desses profissionais que atenderão as unidades da polícia civil”, disse Videira.

Além disso, as salas lilás, criadas para atendimento especializado e humanizado às mulheres vítimas de violência, geraram demanda e necessidade de capacitação. MS possuiu essas salas em 26 municípios.

“Foram mais de 160 policiais capacitados para as oitivas especializadas. Teremos, além desses profissionais, também psicólogos credenciados e queremos fazer isso num menor tempo possível. Já tem um grupo trabalhando no credenciamento e a previsão de conclusão é março”, explicou.

Conforme o secretário, após o credenciamento, o psicólogo passará por capacitação rápida para atendimento voltado para a vítima de violência e depois estará apto para integrar uma unidade da polícia.

Reunião

Após a morte da menina de 2 anos, Sophia OCampo, no dia 27 de janeiro deste ano depois de ser estuprada e torturada pelo padrasto e a mãe, uma reunião na manhã desta quarta-feira (15), na Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande, serviu para definir atendimento 24 horas para vítimas crianças e adolescentes.

A reunião aconteceu a portas fechadas com Antônio Carlos Videira, com as delegadas da Deam, deputada Carla Stephanni, além do delegado-geral Roberto Gurgel.

Caso Sophia

Sophia morreu aos 2 anos, na noite do dia 27 de janeiro. Ela foi levada pela mãe a um posto de saúde, onde as médicas que atenderam a menina constataram que ela já estava morta há pelo menos quatro horas. Tanto a mãe como o padrasto de Sophia foram presos e já indiciados pelo crime. 

O casal ainda tentou alterar as provas da morte da menina para enganar a polícia. A prisão preventiva foi decretada no dia 28 de janeiro. Em sua decisão, o magistrado afirmou que: “A prisão preventiva se justifica, ainda, para preservar a prova processual, garantindo sua regular aquisição, conservação e veracidade, imune a qualquer ingerência nefasta do agente. Destaca-se que, conforme noticiado nos autos, a criança somente foi levada para o Pronto Socorro após o período de 4 horas de seu óbito, o que evidencia que os custodiados tentaram alterar os objetos de prova.”

O juiz ainda citou que caso o casal fosse solto, haveria a possibilidade de tentativa de alteração de provas “para dificultar ou desfigurar demais provas”. O casal foi levado para unidades penitenciárias, sendo a mulher para o interior do Estado e o padrasto da menina para a Gameleira de Segurança Máxima. 

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