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Polícia

Agente penitenciário é absolvido de assassinato contra pedreiro em show

Julgamento aconteceu nesta terça-feira (07), em Campo Grande
Diego Alves, Thatiana Melo - Publicado em
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Agente penitenciário absolvido ao lado do advogado de defesa, Roberto Rosa (reprodução)

O agente penitenciário federal, Joseilton Cardoso, foi absolvido do homicídio contra o pedreiro Adilson Ferreira dos Santos, de 22 anos, em julgamento nesta terça-feira (07), em Campo Grande.

A defesa do acusado, representado pelo advogado Roberto Rosa, alegou legítima defesa (autodefesa e defesa técnica), reconhecimento da causa de diminuição de homicídio privilegiado (relevante valor social e domínio de violenta emoção), em caso de condenação. Os jurados então entenderam que o acusado deveria ser absolvido. Juiz Presidente do 1º Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete de Almeida, também autorizou que a arma seja devolvida ao agente penitenciário.

O crime aconteceu durante um show de uma dupla sertaneja, no dia 24 de setembro de 2017, realizado no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês, na Avenida Cônsul Assaf Trad, na região norte de Campo Grande. Após uma confusão entre o Ministério Público e a defesa do réu, o julgamento do agente foi suspenso em junho de 2022 e hoje novamente o réu vai a júri.

O tiro atingiu o tórax da vítima. Santos chegou a ser socorrido. Procedimentos de reanimação foram realizados por equipe de Bombeiros Civis que trabalhavam no evento, no entanto, a vítima não resistiu e morreu no local.

O autor, identificado como agente penitenciário federal, foi encaminhado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. A confusão que resultou em morte teria se iniciado após os dois se envolverem em uma briga na fila do banheiro.

Na época, familiares da vítima contaram que após o show Adilson viu um homem no banheiro feminino. Conforme relatos, o jovem pensou que o desconhecido estava passando mal e teria oferecido ajuda ao suspeito que o empurrou e atirou em seguida.

Na audiência em agosto de 2018, Joseilton chegou a dizer que “nunca tinha apanhado tanto na vida”. “Quando saquei a arma, não tinha intenção de atirar, queria que ele visse a arma e parasse de me bater, mas ele não parou. Não houve nenhuma lesão nele a não ser o tiro que eu dei. Por isso não foi uma briga, foi uma surra”, falou.

Mãe de Adilson

Na manhã desta terça-feira (07), a mãe de Adilson pediu Justiça pela morte do filho, assassinado pelo agente penitenciário federal, Joseilton Cardoso, com um tiro no peito. “Chegamos ontem à noite para acompanhar o julgamento. Espero que Deus toque no coração do juiz e dos jurados. Ele diz que só queria assustar e atirou no peito do meu filho? A gente percebe que a própria Justiça está passando a mão na cabeça do assassino e parece que quem morre é o culpado”, disse.

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