‘Parece que quem morre é o culpado’, diz mãe de pedreiro assassinado em show sertanejo

O acusado está sendo julgado na manhã desta terça-feira

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Agente Joseilton Cardoso é réu por homicídio. (Foto: Internet).

A mãe do pedreiro Adilson Ferreira dos Santos, de 22 anos, pede Justiça pela morte do filho, assassinado pelo agente penitenciário federal, Joseilton Cardoso, com um tiro no peito. O acusado está sendo julgado na manhã desta terça-feira (7), em Campo Grande.

“Chegamos ontem à noite para acompanhar o julgamento. Espero que Deus toque no coração do juiz e dos jurados. Ele diz que só queria assustar e atirou no peito do meu filho? A gente percebe que a própria Justiça está passando a mão na cabeça do assassino e parece que quem morre é o culpado”, disse.

A mãe, de 48 anos, veio acompanhada de outros familiares na esperança que o assassino de seu filho seja condenado. Ela contou que Adilson não morava em Campo Grande e que, ao morrer, deixou a esposa grávida.

“A companheira dele estava grávida quando ele morreu. Hoje em dia a criança tem cinco anos e não conhece o pai. Ele estava em Campo Grande para construir uma casa que minha filha mora hoje em dia. Ele só foi no show por gostar muito da dupla sertaneja”.

O Juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida proibiu a entrada de qualquer veículo de comunicação durante o julgamento, impossibilitando que a imprensa consiga repassar informações aos leitores.

Crime

O crime aconteceu durante um show de uma dupla sertaneja, no dia 24 de setembro de 2017, realizado no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês, na Avenida Cônsul Assaf Trad, na região norte da Capital.

Após uma confusão entre o Ministério Público e a defesa do réu, o julgamento do agente foi suspenso em junho de 2022 e hoje novamente o réu vai a júri.

O tiro atingiu o tórax da vítima. Santos chegou a ser socorrido. Procedimentos de reanimação foram realizados por equipe de Bombeiros Civis que trabalhavam no evento, no entanto, a vítima não resistiu e morreu no local.

O autor, identificado como agente penitenciário federal, foi encaminhado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. A confusão que resultou em morte teria se iniciado após os dois se envolverem em uma briga na fila do banheiro.

Na época, familiares da vítima contaram que, após o show, Adilson viu um homem no banheiro feminino. Conforme relatos, o jovem pensou que o desconhecido estava passando mal e teria oferecido ajuda ao suspeito que o empurrou e atirou em seguida.

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