O prefeito Hélio Peluffo Filho (PSDB) chegou há pouco para o velório do também prefeito, José Carlos Acevedo. Este último foi vítima de atentado, em , cidade que faz fronteira com Ponta Porã, e teve a morte cerebral decretada nesse sábado (21). 

“Nós estamos muito tristes com a perda de um companheiro, o Zé Carlos, prefeito nosso, companheiro aqui na fronteira, Pedro Juan Caballero. Quando atacam o poder público, quando atacam um representante na vida pública, que quer fazer o melhor para sua cidade e quer atender os menos favorecidos, todos nós somos atingidos”, disse. 

Conforme o prefeito, essa situação cria um desalento. “…os maus passam a fazer parte da vida pública porque os bons, os sérios, os honestos, os corretos, que querem o melhor pela cidade, acabam se afastando da vida pública. Nós, da fronteira, estamos entristecidos com o ocorrido. Meus sentimentos a todos do Paraguai, aos familiares pelo ocorrido. Que Deus proteja essa cidade, essa fronteira. Que Deus projeta os dois países, o Brasil e o Paraguai”, falou.

Cortejo terá passagem por igreja e rádio onde prefeito trabalhou

Velório do prefeito de Pedro Juan Caballero ocorre desde a madrugada deste domingo (22). Foto: Divulgação

Além de Peluffo, outros políticos também se despediram de José Carlos. Neste momento, família e amigos permanecem na Câmara Municipal da cidade. Mais tarde, a partir das 14h, está previsto o cortejo com passagem por uma igreja e a rádio onde ele era diretor artístico, pouco antes do enterro.

A família de José Carlos informou que ele será enterrado no Cemitério Cristo Rey, de Ponta Porã, onde estão o pai Don Florencio Acevedo e o irmão dele, Roberto Ramón Acevedo Quevedo. 

Morte cerebral do prefeito foi confirmada

A morte cerebral de Acevedo foi confirmada no último sábado (21), pelo médico David Peña, no Hospital Viva Vida, onde sofreu um atentado no último dia 17. “Não há fluxo cerebral. Isso somado às avaliações determinam que seu cérebro parou de funcionar 100%”, disse o médico em coletiva.

Segundo informações do ABC Color, a sobrinha do prefeito afirmou não ter palavras para o trágico sofrimento da família. Ela é filha do governador de Amambai, Robert Acevedo.

Atentado

Na última terça-feira (17), Acevedo conversava com um jornalista em frente à prefeitura, quando os autores chegaram em um carro branco. Um deles desce pela porta do passageiro ao lado do motorista e outro pistoleiro saiu pela porta traseira. De acordo com informações, três pessoas estavam no veículo. Os dois então saem do carro, momento em que ocorre o atentado a tiros.

O criminoso que desce do banco traseiro, aparentemente dá cobertura. Inclusive, no momento da fuga, o motorista saiu do local com a porta traseira e do passageiro abertas e, ao perceber que o comparsa arranca com o veículo, o bandido que dava cobertura tem que correr atrás do carro.

O procurador José Luis Torres e o comissário-geral solicitaram prisões de quatro pessoas, supostamente envolvidas no atentado. Porém, ainda não foi esclarecido se seriam executores e mandantes do crime.

Além da polícia do Paraguai, a PF (Polícia Federal) também atua na região de fronteira para apurar o crime contra o prefeito. Uma mulher foi presa na manhã de quinta-feira (19), no bairro General Genez, em Pedro Juan Caballero.