‘Meu sobrinho não era bandido’, diz tia de morto ao tentar esfaquear policiais em Campo Grande

A sobrinha viu quando tiros foram disparados contra Sidnei

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(Henrique Arakaki, Midiamax)

Familiares de Sidnei da Silva Venci Guerra, de 35 anos, morto a tiros na noite dessa terça-feira (24), no Jardim Tijuca, em Campo Grande, relataram que a vítima estava em surto, e que não fazia mal a ninguém. “Meu sobrinho não era bandido”, disse a tia de Sidnei ao Jornal Midiamax.

A tia contou que quando Sidnei estava em surto, ele ouvia coisas e achava que era com ele e, assim, tentava se defender. Ainda segundo a mulher, Sidnei tinha problemas psiquiátricos e era usuário de drogas. “Ele estava com uma faca e não com uma arma”, disse a tia que ainda falou que os policiais poderiam ter atirado na perna e não para matar.

Mas, uma testemunha contou ao Midiamax que Sidnei dava problemas aos moradores tentando invadir as residências, quando estava em surto. A testemunha ainda disse que ele invadiu a casa de uma vizinha quebrando tudo na residência. 

A testemunha contou que, quando a polícia chegou, Sidnei foi em direção aos policiais armado com a faca. A polícia foi acionada por volta das 19 horas até a Rua Antônio Meirelles Assunção, quando o morador teria pela segunda vez solicitado a presença policial devido a Sidnei ter invadido a sua casa e o ameaçado. De acordo com informações, quando os policiais chegaram, eles viram Sidnei na calçada e ao visualizar a viatura correu para o interior da residência.

Ataque com faca que acabou em morte

Os policiais quando chegaram ao local pediram para que Sidnei saísse, sendo que neste momento Sidnei saiu armado com uma faca indo em direção a um dos militares que gritou para que ele largasse a arma. Sidnei continuou indo em direção ao militar, que fez um disparo.

Sidnei ainda avançou em direção a outro policial, o perseguindo em volta da viatura. 

Nesse momento, foi verbalizado para que ele largasse a faca, segundo os policiais, o que não foi obedecido pela vítima, que acabou atingida por disparos. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu e morreu no hospital. 

A sobrinha de Sidnei contou que estava no quarto fazendo tarefa quando viu a vítima saindo com uma faca no portão. Pelas frestas do portão social que estava aberto, ela viu quando Sidnei avançou em direção aos militares com a faca e também relatou ter visto os clarões dos disparos. O pai de Sidnei contou que o filho era esquizofrênico e estava em surto, mas que não se lembra de problemas anteriores com a vizinhança.

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