Vítima do golpe do falso sequestro na quinta-feira (30), de uma bombeira militar, de 58 anos, chegou a transferir R$ 4,5 mil para os criminosos acreditando que a filha estava sob ameaças dos bandidos. O crime, que é antigo, tem voltado a acontecer segundo a Polícia Civil.

A delegada Franciele Candotti, da 7ª Delegacia de Polícia Civil, relatou que a mulher recebeu uma ligação no telefone do suspeito, que gritava dizendo que a filha tinha sido sequestrada e que a mataria. Ao fundo, a vítima ouvia barulhos de outras pessoas e acabou acreditando no sequestro.

Delegada Franciele – Foto: Stephanie Dias

O criminoso exigiu que a vítima transferisse R$ 10 mil, mas ela não tinha o valor. Mesmo assim, saiu a pé da residência e seguiu até a agência bancária, onde conseguiu transferir R$ 4,5 mil. Depois, ainda tentou aumentar o limite da conta após o bandido exigir mais dinheiro.

Segundo a delegada, o celular da mulher foi clonado e os bandidos exigiram que ela gravasse um vídeo, pedindo socorro, bem como fosse até a Rodoviária de . O vídeo do pedido de socorro seria encaminhado para a filha.

Após a mulher sair da residência, os filhos foram até a casa e não a encontraram no local. Essa era a intenção dos bandidos, que não encontrassem a vítima e acreditassem no sequestro. Garras (Delegacia Especializada de Repressão a a Banco, Assaltos e Sequestros) chegou a ser acionado.

A vítima foi encontrada sozinha e estava bastante assustada, acreditando que a filha tinha sido sequestrada. A bombeira estava trabalhando na vinda do presidente Jair Bolsonaro a Campo Grande. A delegada Franciele frisou que o golpe do falso sequestro já é antigo, mas que voltou a ser recorrente.

A orientação é para que os filhos ajudem os pais mais velhos a fazerem a verificação de dois fatores nas e aplicativos de bancos. Também é importante informar que não cliquem em links de promoções, ofertas de empregos ou de bancos, que podem ser links falsos que acabam resultando na clonagem do aparelho celular.

Pelos áudios apurados pela polícia, a suspeita é de que o grupo criminoso esteja em um presídio. O sotaque leva a acreditar que sejam do Rio de Janeiro.