Lideranças de facções são transferidas para Presídio Federal de Campo Grande após ‘guerra’
Criminosos de alta periculosidade são membros de quatro facções diferentes
Renata Portela –
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Desde a madrugada desta quinta-feira (15), operação policial faz a transferência de 13 presos, lideranças de facções, do Rio Grande do Sul para presídios federais do país. Entre os presídios destinos dos faccionados, está o Presídio Federal de Campo Grande.
Conforme o site GZH, Gaúcha Zero Hora, os 13 homens são transferidos dos presídios do Rio Grande do Sul por suspeita de envolvimento na ‘nova onda de violência’ provocada pela guerra de facções em Porto Alegre. Ao todo, atuam na transferência 300 agentes, com 30 viaturas.
Os presos já estavam isolados desde a quarta fase da Operação Império. Eles são encaminhados para Campo Grande, também Porto Velho e Mossoró. Outro apenado já tinha sido isolado no último mês e também foi transferido para Campo Grande.
Segundo o site local, os presos são membros de quatro facções diferentes. Dos 13, 12 respondem por homicídios e outros crimes. Um deles seria responsável por 23 homicídios dolosos, enquanto outro soma 59 passagens por tráfico de drogas.
Confira lista das lideranças de facções transferidas
André Silva Dutra, o Gordo Dé
Teria passagens por 15 homicídios, lavagem de dinheiro, ameaça, porte ilegal de arma de fogo, falsa identidade e roubo de veículo. Ele é considerado uma das principais lideranças do tráfico de drogas em Porto Alegre.
Antonio Nunes Pereira, o Toninho
Teria envolvimento em crimes como homicídio doloso, ao menos 13 vezes, tráfico de drogas, organização criminosa, coação no curso do processo e porte ilegal de arma de fogo.
Jair de Oliveira, o Jair Cabeludo
Teria envolvimento em tráfico de drogas, associação ao tráfico, organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo, homicídio doloso, lavagem de dinheiro, entre outros crimes.
Apontado como líder de uma facção criminosa que tem base no Vale do Sinos, ele foi condenado a 50 anos de prisão nesta semana. Jair já estava preso preventivamente desde 2020 e seria responsável por comandar esquema milionário de lavagem de dinheiro.
Ele seria um dos envolvidos na compra de uma fazenda no Mato Grosso avaliada em R$ 42 milhões.
Édson Marcelo Santos de Oliveira, o Edinho/Dídio
Teria envolvimento em três homicídios dolosos, organização criminosa, tráfico de drogas, associação ao tráfico, dentre outros.
Luan Barcelos da Silva
Teria envolvimento em crimes como tráfico de drogas, latrocínio, organização criminosa e lesão corporal. Segundo a polícia, ele também foi condenado por assassinar seis taxistas em uma onda de crimes no RS em 2013.
Luciano Alves Pereira, o Nelinho Véio
Envolvimento em 16 roubos, tráfico de drogas, homicídio doloso, ameaça, dentre outros. Ele foi um dos condenados pela morte do traficante Cristiano Souza da Fonseca, o Teréu, dentro da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas, em maio de 2015.
Luís Fernando da Silva Soares Júnior, o Júnior Perneta
Ele tem envolvimento em crimes como tráfico de drogas, associação ao tráfico, além de 13 homicídios dolosos.
Em 2018, o criminoso conhecido como Júnior Perneta, apontado como um dos líderes da facção do bairro Bom Jesus, foi preso pela Polícia do Paraguai, na cidade de Encarnación.
Marcus Diego Brignol Vaz, o MD
Segundo a polícia, o homem teria 59 passagens por tráfico de drogas, além de 54 por associação ao tráfico. O homem também é apontado por envolvimento em homicídio doloso, organização criminosa, lavagem de dinheiro, entre outros crimes.
Marlon de Abreu Azevedo, o Milico
Segundo a polícia, ele tem participação em 17 homicídios dolosos, possui seis passagens por organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Conhecido como Milico, o preso também foi um dos criminosos transferidos de prisão dentro do RS em abril, na primeira onda da guerra de facções. Ele é considerado uma das lideranças do grupo que surgiu na Vila Cruzeiro.
Rafael Telles da Silva, o Sapo
Ele é apontado por envolvimento em 9 homicídios dolosos, tráfico de drogas, associação ao tráfico, organização criminosa, dentre outros.
Conhecido como Sapo, ele é considerado uma das principais lideranças criminosas recolhidas no sistema prisional e integra a facção com berço no bairro Bom Jesus, na Capital.
Valdeni Alves da Silva
É apontado por envolvimento em três homicídios dolosos, três roubos e teria passagens também por tráfico de drogas, além de outros crimes.
Os outros dois presos foram identificados como Rodolfo Silva Charão e Luis Henrique Gravi Silveira.
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