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Polícia

Delegado condenado por homicídio na fronteira quer transferência para celas da 3ª DP em Campo Grande

Ele está recolhido no Centro de Triagem de Campo Grande e diz que deve estar em uma unidade especial
Renan Nucci -
Delegado Fernando foi condenado por homicídio - Foto Diário Corumbaense
Delegado Fernando foi condenado por homicídio - Foto Diário Corumbaense

Condenado a 20 anos de prisão por matar um boliviano dentro de uma ambulância na fronteira em Corumbá, a 425 quilômetros de , o ainda delegado Fernando Araújo da Cruz Júnior pediu transferência do Centro de Triagem Anísio Lima, localizado no complexo penitenciário da Capital. Ele tenta ser enviado de volta para celas da 3ª Delegacia de Polícia Civil.

O pedido será julgado pela 3ª Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) nesta quinta-feira (9). A defesa alega que a cela em que ele se encontra, apesar de especial, não fica em uma prisão especial e que o processo do homicídio não transitou em julgado.

Neste sentido, sustenta que como autoridade policial no exercício de suas funções, deve ser recolhido em unidade prisional própria para este fim ou “sala especial da repartição em que sirva”, referindo-se neste segundo caso às dependências da Polícia Civil.

A defesa explicou que ele estava na 3ª Delegacia, quando foi solicitada abertura de vagas à Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). Assim, ele acabou transferido para o Centro de Triagem, juntamente com o delegado Eder Oliveira Moraes, condenado por tráfico e estupro.

Fernando chegou a pedir transferência para a Vara de Execuções Penais, para que voltasse à 3ª DP, mas teve o pedido negado, motivo pelo qual recorreu ao TJMS.

Delegado condenado

O delegado foi condenado a mais de 20 anos de prisão e expulsão, pela morte de Alfredo Rangel Weber dentro de uma ambulância, em fevereiro de 2019. Ele continua como delegado, pois ainda não foram esgotadas todas as instâncias para recorrer.

O boliviano Alfredo foi esfaqueado durante discussão com Fernando em uma festa e depois socorrido, sendo levado de ambulância para Corumbá. Então, o delegado interceptou a ambulância e o matou a tiros antes de chegar ao hospital. Mas Fernando, achando que não havia testemunhas do crime, foi pego de surpresa quando foi informado pelo investigador da Polícia Civil, Emmanuel Contis, de que a irmã da vítima estava na ambulância e viu o assassinato.

Em meio a toda a trama do homicídio, testemunhas foram coagidas, sendo uma delas o motorista da ambulância, que teve como advogada a mulher de Fernando. No entanto, o que o casal não esperava era que policiais bolivianos e até um promotor usassem de chantagem para extorquir os dois, com pedido de R$ 100 mil para que não implicassem o assassinato ao delegado.

Tentativa de encobrir os rastros do crime até a execução dos policiais e delegados que estavam investigando o caso foi arquitetada por Fernando, que recebia do investigador todas as informações sobre as investigações.

Ele ainda responde por improbidade administrativa por supostamente liberar, sem nem mesmo registrar boletim de ocorrência, um suspeito preso pela em um de poluição sonora na cidade de .

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