Vão a júri popular na quinta-feira (15), pela morte de Marielly Barbosa Rodrigues, o cunhado da jovem, Hugleice da Silva, e o enfermeiro Jodimar Ximenes. O julgamento acontece em 11 anos após o crime, que aconteceu em junho de 2011.

Marielly morreu após um aborto malsucedido. O corpo da jovem foi encontrado no dia 11 de junho em um canavial em Sidrolândia, já em adiantado estado de decomposição. Em investigações, a polícia chegou à conclusão que Marielly foi vítima de um aborto malsucedido cometido pelo enfermeiro Jodimar Ximenez Gomes, que agora também está em liberdade.

O júri foi marcado para esta quinta-feira (15) às 9 horas. Em audiência em 2016, Jodimar negou que tenha feito o aborto em Marielly, e afirmou que não conhecia Hugleice. 

Em 2020, Hugleice foi condenado por tentar matar a esposa, em Mato Grosso. Ele teria flagrado mensagens no celular da esposa e esfaqueado ela no pescoço, em novembro de 2018. Ele ainda teria amarrado a esposa depois de esfaqueá-la. Na época de sua prisão, ele teria dito que estava arrependido do crime. Hugleice estava foragido após esfaquear a esposa em Mato Grosso e acabou preso em Dourados pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) na BR-163.

Caso Marielly

O crime, que causou comoção em Campo Grande, veio à tona quando foi registrado o desaparecimento de Marielly Barbosa Rodrigues no dia 21 de maio de 2011. No inquérito que apurou a morte também foi apontada participação direta do cunhado, Hugleice da Silva, na época com 28 anos.

Ele teria engravidado a jovem e contratado o enfermeiro Jodimar para realizar o aborto. Tudo como uma tentativa de encobrir a traição, já que a esposa de Hugleice era irmã de Marielly. Durante a época das investigações, tanto a quanto a irmã de Marielly afirmaram que colocariam a “mão no fogo” por Hugleice, e que ele não seria capaz de cometer o crime.