Depois de 12 horas de julgamento em Mato Grosso, Hugleice da Silva foi condenado a 12 anos e 3 meses de prisão por tentar matar a atual esposa. Ele foi acusado da morte de Marielly Barbosa Rodrigues que morreu em junho de 2011, após um malsucedido, em a 70 quilômetros de Campo Grande.

Segundo o José Roberto Rosa, a defesa vai recorrer da sentença pois durante o julgamento várias nulidades ocorreram, “Eu entendo esse júri como nulo”, disse Rosa. Agora o feito segue para julgamento do recurso de apelação no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Tentativa de feminicídio

Hugleice teria flagrado mensagens no celular da esposa e esfaqueado ela no pescoço, em novembro de 2018. Ele ainda teria amarrado a esposa depois de esfaqueá-la. Na época de sua prisão, ele teria dito que estava arrependido do crime. Hugleice acabo preso em Dourados pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) na BR-163. Estava foragido após esfaquear a esposa em Mato Grosso.

Confusão da Justiça e liberdade de Hugleice

9 anos após engravidar cunhada, Hugleice é condenado por tentar matar irmã de Marielly
Advogado José Roberto Rosa

Em setembro deste ano, Hugleice acabou solto por uma confusão da Justiça de Mato Grosso. Mas, após ser solto Hugleice se apresentou à Justiça. Ele estava preso no Mato Grosso por tentar matar a atual esposa.

A confusão seria por causa de outro processo que ele responde e teve a prisão revogada, que seria por conta do aborto que acabou na morte de Marielly. O advogado José Roberto Rosa explicou que o réu se envolveu em outro problema em 2018, durante uma mudança para Rondonópolis.

Relembre o caso Marielly

O crime, que causou comoção em Campo Grande, veio à tona quando foi registrado o de Marielly Barbosa Rodrigues no dia 21 de maio de 2011. O corpo da jovem foi encontrado no dia 11 de junho em um canavial em Sidrolândia, já em adiantado estado de decomposição. Em investigações, a polícia chegou à conclusão que Marielly foi vítima de um aborto malsucedido cometido pelo enfermeiro Jodimar Ximenez Gomes, que agora também está em liberdade.

No inquérito que apurou a morte também foi apontada participação direta do cunhado, Hugleice da Silva, na época com 28 anos. Ele teria engravidado a jovem e contratado o enfermeiro Jodimar para realizar o aborto. Tudo como uma tentativa de encobrir a traição, já que a esposa de Hugleice era irmã de Marielly. Durante a época das investigações, tanto a mãe quanto a irmã de Marielly afirmaram que colocariam a “mão no fogo” por Hugleice, e que ele não seria capaz de cometer o crime