Alvo de denúncias por maus-tratos, escola é investigada por deixar menino de 5 anos sair sozinho
Criança foi encontrada sozinha na rua com a mochila escolar
Arquivo –
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Caso de abandono de incapaz é investigado pela Polícia Civil, após uma escola particular no Coophavila II permitir que um aluno de apenas 5 anos saísse andando sozinho. Ele andou pelas ruas do bairro, até ser encontrado por uma mulher, que ficou com menino até que a família fosse contatada e ele voltasse para casa.
A família deixou o menino na escola para o primeiro dia de aula, por volta das 10h30. Ele estava matriculado para estudo integral e os pais voltaram ao colégio já às 16h50, mas não encontraram o menino dentro da escola.
Outros familiares também aguardavam as funcionárias levarem as crianças até a saída e, quando os pais pediram para levarem o menino, foram atendidos por três funcionárias diferentes, sendo que nenhuma levou a criança. Aproximadamente 20 minutos depois, eles foram informados de que o filho já não estava mais na escola.
Os pais ainda foram questionados se realmente tinham deixado a criança no local. Eles acionaram a Polícia Militar e foram orientados a procurarem a Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). A família começou as buscas pelo menino, que foi encontrado por volta das 18h10.
Uma mulher havia encontrado o menino sozinho nas ruas do bairro, com a mochila escolar, já a aproximadamente dois quilômetros da escola. Ele estava atravessando a Avenida Marechal Deodoro, no canteiro.
O menino foi ouvido pelo setor psicossocial e relatou que saiu da escola puxando a mochila e que o portão estava aberto. Ele disse na delegacia que estava com fome e sede, mas que nada ruim tinha acontecido com ele.
Conforme a delegada Fernanda Félix, titular da Depca, o caso é investigado como abandono de incapaz e funcionários responsáveis pelo portão da escola, bem como a diretora, serão ouvidos sobre o ocorrido.
Outras denúncias
A escola particular já foi denunciada por casos de maus-tratos. Em um caso mais antigo, de 2012, a escola foi condenada a pagar indenização por danos morais após uma bebê de 11 anos sofrer ferimentos graves de queimadura de segundo grau nas mãos.
Já em novembro de 2021, chegou à Depca outra denúncia do mesmo colégio. Um aluno de três anos teria contado para a mãe que a professora o segurou com força no braço e o balançou, o colocando sentado na cadeira.
A mesma educadora já teria dito que ‘jogaria de cima do telhado’ o menino. Na época, a mãe chegou a relatar que percebeu hematomas no menino durante o banho, que ele disse terem sido provocados pela professora.
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