Por problemas técnicos, foi desativada a tornozeleira eletrônica que auxiliava no monitoramento de Valéria da Silva de Souza, acusada de matar Ana Flávia Ferreira Bruno no dia 20 de dezembro do ano passado, no Coronel Antonino, em Campo Grande. A vítima era esposa do ex-marido da ré.

Conforme ofício encaminhado pela (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) ao juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, foi constatada a constante ausência de sinal de GPRS (General Packet Radio Services ou traduzido, Serviços Gerais de Pacotes Por Rádio) na tornozeleira.

Por este motivo, não havia conexão com a Unidade de Monitoramento Virtual desde o dia 14 de maio. “[…] considerando não ser possível dar continuidade à monitoração eletrônica pela ausência de sinal no dispositivo, inviabilizando o cumprimento desta medida cautelar, informamos que está sendo realizada a desativação do equipamento eletrônico até ulterior deliberação judicial”, diz o ofício.

Neste sentido, o MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) aproveitou a oportunidade para solicitar a revogação da medida cautelar, ou seja, para que Valéria volte para a prisão. Ela, inclusive, teve recentemente negado o pedido  de instauração  de laudo de insanidade mental. O juiz analisa o caso.

Conforme denúncia do MPMS, Valéria morava aos fundos da casa do , que então estava se relacionando com Ana Flávia. Na data dos fatos, as mulheres tiveram um desentendimento, sendo que, Valéria apoderou-se de uma faca de cozinha e efetuou golpes contra a vítima, que não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Antes de ser presa, a autora ameaçou o ex-marido.